Santana Lopes defende Novo Banco de “matriz portuguesa”

O Provedor da Santa Casa da Misericórdia diz que o banco "não pode ser nem o Banif nem o BPN". E duvida que a compra por um banco estrangeiro lhe dê outra dimensão.

Santana Lopes quer o Novo Banco com “matriz portuguesa”. O Provedor da Santa Casa da Misericórdia diz, num artigo de opinião, que a instituição que resultou da resolução do BES é demasiado importante para a economia nacional, não podendo ser um Banif ou um BPN, defendendo um comprador nacional.

Há quem pense que fica bem, por exemplo, o BPI, banco que vai passar a ser controlado por capitais espanhóis, ‘ficar’ com o dito Novo Banco”, mas Santana Lopes duvida. “Dizem que um banco estrangeiro, se comprar o novo Banco, dar-lhe-á uma outra dimensão. Mas que tipo de dimensão será?”, refere num artigo de opinião publicado no Jornal de Negócios.

O Novo Banco “não pode ser nem o Banif nem o BPN. Como se sabe, o Novo Banco é muito mais importante do que qualquer um desses dois e é essencial para a economia portuguesa”, remata. Por isso, defende que a “economia portuguesa, as empresas portuguesas, o setor social português, precisam de um Novo Banco de matriz portuguesa”.

E há dinheiro?

Santana Lopes lembra que há uma “corrente de opinião” que diz que “é inaceitável que o Novo Banco seja vendido por um preço que não seja próximo dos 4,9 mil milhões de euros, que tiveram de ser suportados pelo Estado através do Fundo de Resolução”. Mas, na sua opinião, não é.

“Qualquer pessoa compreende que as circunstâncias mudaram, que o estado do sistema financeiro em Portugal piorou, que já houve uma primeira ronda do Novo Banco e não esteve nem próxima desse valor, e que as propostas da segunda ronda pouco acima do zero estão”.

E há dinheiro em Portugal? “Se for para comprar o banco pelo dinheiro que outros querem pagar por ele, garanto que há muito quem o possa comprar em Portugal”, nota. “O que não vale é novamente aparecer um acordo em que uma grande empresa portuguesa seja paga com o ‘pelo do cão'”, conclui.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Acordo da OPEP catapulta setor energético europeu

As principais praças europeias estão em alta. O setor energético destaca-se pela positiva com os investidores a reagirem positivamente ao acordo da OPEP. No entanto, reação pode ser temporária.

Chegou o dia pelo qual muitos investidores esperavam: um acordo para cortar a produção dos países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo. É a primeira vez nos últimos oito anos em que o cartel avança com uma redução, o que fez disparar o preço do barril e está a levar o setor energético europeu a registar ganhos de 4,4%.

As principais praças europeias estão receber bem este corte — para um intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia — e a subir de forma generalizada. O Stoxx 600 valoriza 0,9%, enquanto, a nível nacional, o IBEX-35 valoriza 1,2%, o CAC-40 cresce 1,6%, o alemão DAX sobe 1% e o FTSE adiciona 1,1%. Todas animadas pelas petrolíferas.

Olhando especificamente para o setor energético na Europa, que ocupa o primeiro lugar na subida, a britânica Tullow Oil sobe quase 10%. A Royal Dutch Shell regista um avanço de 5,1%. Destaque ainda para a Total, BP e Eni, cujos ganhos variam entre os 4,1% e os 4,7%. Por cá, a Galp Energia ajuda a impulsionar a praça lisboeta com uma valorização de 3,8%.

Apesar do sentimento de otimismo no setor, os preços do petróleo não estão a manter a tendência de ganhos registada na última sessão. O facto de a OPEP ter adiado para novembro a execução do acordo alcançado criou algum ceticismo entre os investidores.

A desconfiança dos investidores está a fazer com que os preços do petróleo corrijam dos ganhos acentuados registados após o acordo e que continuem a negociar abaixo dos 50 dólares por barril. O que parecia ser inicialmente uma inversão da tendência verificada nos últimos tempos, poderá ser apenas uma reação temporária.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fosun investe 6,9 mil milhões em alta velocidade na China

  • Ana Luísa Alves
  • 29 Setembro 2016

A empresa detentora da Fidelidade, e que está a entrar no capital do BCP, vai investir 6,9 mil milhões de dólares em projeto ferroviário de alta velocidade no sul da China.

A Fosun, empresa que detém a Fidelidade em Portugal, continua a fazer investimentos de valores avultados. Agora vai gastar 6,9 mil milhões de dólares num projeto ferroviário de alta velocidade no sul da China.

A empresa chinesa foi a primeira empresa privada a confirmar o se investimento num dos projetos do governo de expansão rodoviária de alta velocidade, de acordo com a notícia foi avançada pelo Financial Times, esta quinta-feira.

A Shangai Fosun High Technology, uma subsidiária da Fosun, disse esta quinta-feira que era uma das investidoras no projeto ferroviário de 45,2 mil milhões de ienes, a ser criado entre as cidades de Hangzhou e Taizhou, na província de Zhejiang no sul do país, segundo Christian Shepherd in Beijing.

A Fosun, fundada pelo bilionário Guo Guangchang, tem feito uma série de aquisições a nível internacional, sobretudo em empresas de turismo, comércio de retalho e finanças. Em Portugal, a Fosun é dona da Fidelidade e da Luz Saúde, e já adiantou que está disponível para ficar com até 30% do capital do BCP. O processo está na reta final.

“O conselho decidiu mandatar a comissão executiva para prosseguir e finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun, e apresentar os respetivos resultados para aprovação em próxima reunião do conselho de administração”, disse o BCP em comunicado à CMVM.

Editado por Paulo Moutinho

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Autarquias vão receber dados de água e gás para triplicar IMI de devolutos

  • ECO
  • 29 Setembro 2016

Até ao início de outubro as autarquias vão receber informação detalhada sobre contratos de água, luz e água, de forma a avançar com a aplicação do IMI a triplicar.

As autarquias vão receber informação sobre contratos de água, luz ou gás. O objetivo é saber que prédios é que estão desocupados para avançarem com a revisão em alta do IMI, diz o Jornal de Negócios. O valor do imposto pode triplicar.

Até ao início de outubro as câmaras municipais vão receber a informação enviados pelas empresas de serviços telecomunicações, água, luz e gás. Esta obrigação entrou em vigor ainda este ano, depois de introduzida uma norma pelo Orçamento do Estado (OE) para 2016.

Antes desta obrigação, a lei tinha já implícito que as empresas de serviços fornecessem a informação necessária à identificação da existência de contratos de fornecimentos, ou de consumo, de água, luz e gás, mas isto só acontecia depois de haver um pedido escrito dos municípios. Agora, o processo passou a ser automático.

O objetivo é facilitar a deteção, por parte das câmaras municipais, dos prédios que estejam desocupados. Depois de identificados e de toda a informação ser enviada para o Fisco, os proprietários dos imóveis vão ter de pagar IMI a triplicar.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Petróleo trava após euforia que seguiu acordo da OPEP

Os preços do petróleo corrigem hoje após a euforia que se seguiu à decisão surpreendente da OPEP em cortar a produção da matéria-prima.

A euforia que atingiu os preços do petróleo após a decisão histórica da OPEP de avançar com o primeiro corte de produção em oito anos durou pouco. As cotações da matéria-prima seguem em queda ligeira, depois de terem chegado a disparar em torno de 6% no final da última sessão.

O barril de Brent, transacionado em Londres, recua 0,47%, para os 48,46 dólares, enquanto o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, perde 0,19%, para os 46,96 dólares por barril. No final da última sessão, com o acordo histórico, os preços passaram de ganhos de mais de 3% para valorizações de mais de 6%.

Preço do brent nas duas últimas sessões

 

O mercado petrolífero alivia, assim, após um corte de produção que o mercado não acreditava pudesse acontecer. Na reunião da OPEP que decorreu esta quarta-feira na Argélia, o cartel acordou em reduzir o nível de produção dos 33,2 millhões de barris dia verificado, em agosto, para um intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia, segundo avançou o ministro do petróleo do Irão, Namdar Zangneh, após o fim do encontro.

A forma como será distribuído esse corte será discutida na reunião de novembro da organização, sendo que o Irão, a Líbia e a Nigéria deverão beneficiar de um regime de exceção.

O resultado da reunião desta quarta-feira surpreendeu, tendo em conta que a Arábia Saudita tinha sinalizada antes do encontro a fraca probabilidade de haver um acordo entre os países membros, sendo que apenas dois de um total de 23 analistas sondados pela Bloomberg previam que fosse possível chegar a um consenso.

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Imobiliário chinês é a “maior bolha da História”, diz homem mais rico do país

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

O multimilionário Wang Jianlin afirmou que o governo tem estado a tentar combater os preços galopantes do imobiliário nas principais cidades chinesas, mas sem sucesso.

Wang Jianlin, o homem mais rico da China, disse na quarta-feira que o mercado imobiliário chinês é a “maior bolha da História”, numa altura em que os preços das habitações continuam a disparar nas principais cidades do país.

Em entrevista à estação televisiva CNN, Wang lembrou que os preços do imobiliário continuam a subir nas grandes cidades chinesas, mas que estão em queda nas restantes, onde várias habitações continuam por vender. “Eu não vejo uma solução viável para este problema”, afirmou o fundador do grupo Wanda, que começou por se impor no setor imobiliário, mas que nos últimos anos passou a investir também no cinema e no turismo. “O Governo adotou todo o tipo de medidas, mas nenhuma funcionou”, disse.

O imobiliário é um setor chave para a economia chinesa, a segunda maior do mundo e o principal motor da recuperação global, mas que no último ano cresceu ao ritmo mais lento do último quarto de século.

Segundo um relatório difundido este mês pelo Bank for International Settlements (BIS), entre janeiro e março, o desvio do rácio entre o crédito e o Produto Interno Bruto (PIB) do país atingiu 30,1%, o nível mais alto de sempre e bem acima dos 10%, o patamar que “acarreta riscos para o sistema bancário”. O BIS alertou para os riscos iminentes no sistema bancário chinês, nos próximos três anos.

A dívida da China tem aumentado à medida que Pequim tornou o crédito mais barato e acessível, num esforço para incentivar o crescimento económico. Analistas chineses e estrangeiros alertam, no entanto, que o rápido aumento da dívida e do crédito mal parado poderá resultar numa crise financeira.

Wang disse não estar preocupado com um súbito abrandamento da economia chinesa, afirmando que “o problema é que a atividade económica ainda não recuperou”. “Se retirarmos os estímulos muito rápido, a economia deverá ressentir-se. Por isso, temos de esperar até que a atividade económica recupere. Só então podemos reduzir os estímulos e a dívida”, disse.

O grupo Wanda está a negociar a compra da produtora Dick Clark Productions, a empresa que organiza os Globos de Ouro nos EUA, segundo um comunicado difundido pela empresa esta semana. O Wanda detém já a empresa norte-americana AMC Entertainment, proprietária da segunda maior cadeia de cinemas dos Estados Unidos. No início do ano, anunciou a compra da Legendary Entertainment, produtora de filmes como Jurassic World e Godzilla, por 3.500 milhões de dólares (3.240 milhões de euros).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Em Portugal, primeiro-ministro chinês enaltece cooperação

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

"A China encoraja as suas empresas a investir e a fazer negócios em Portugal" e "dá as boas vindas às firmas portuguesas para que explorem o mercado chinês", disse Li.

O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, enalteceu o aprofundamento das relações entre a China e Portugal e os “excelentes resultados” da cooperação entre as empresas dos dois países em terceiros mercados, nomeadamente na América Latina.

Li esteve na segunda e terça-feira nos Açores, depois de ter realizado um périplo pelo continente americano, que incluiu visitas à sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, ao Canadá e a Cuba. Durante a sua estada nos Açores, na ilha Terceira, Li reuniu com o ministro dos Negócios Estrangeiros português, Augusto Santos Silva.

Citado hoje pela agência oficial Xinhua, o responsável chinês elogiou os “resultados profícuos da cooperação pragmática entre os dois países em diversos setores”, afirmando que espera que os dois lados continuem a colaborar em áreas como a energia, finanças e oceano. “A China encoraja as suas empresas a investir e a fazer negócios em Portugal” e “dá as boas vindas às firmas portuguesas para que explorem o mercado chinês”, disse Li. “Ambos os países devem esforçar-se para criar um ambiente justo e favorável para os investidores externos”, acrescentou.

A China tornou-se, nos últimos anos, um dos maiores investidores em Portugal, estimando-se em cerca de 10 mil milhões de euros o montante de capital introduzido na economia do país, desde 2012. “A China está disposta a reforçar os intercâmbios de alto nível, aprofundar a confiança política, aumentar o entendimento mútuo, aumentar a cooperação pragmática, estabelecer uma comunicação mais próxima entre os dois povos e diversificar a parceria estratégica global entre Portugal e China”, afirmou Li.

Tratou-se da terceira visita de um responsável chinês aos Açores no espaço de cerca de quatro anos, reanimando o debate sobre o alegado interesse de Pequim nas instalações da Base das Lajes, onde os Estados Unidos da América iniciaram um processo de redução da sua presença militar. Responsáveis dos dois países afirmaram, no entanto, que se tratou apenas de um “escala técnica”, que serviu também para preparar a visita do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, à China, no próximo mês.

Na quarta-feira, o congressista norte-americano Devin Nunes, que é lusodescendente, avisou o secretário da Defesa dos Estados Unidos que “é provável” que as instalações da Base das Lajes “acabem na posse do governo chinês”, disse à Lusa uma fonte do Congresso.

“Como muitos no Congresso avisaram no passado, vários altos-representantes chineses visitaram os Açores em anos recentes. Sei agora que a China enviou uma delegação de cerca de 20 representantes, todos fluentes em português, numa viagem de pesquisa que durou semanas e que culmina com a visita do primeiro-ministro, Li Keqiang”, disse Devin Nunes numa carta enviada a Ashton Carter na semana passada.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Subida da Galp impulsiona ganhos do PSI-20

A subida acima de 4% da Galp Energia está a impulsionar o PSI-20 na abertura. O setor energético está a reagir ao acordo alcançado entre os países da OPEP para cortar a produção de petróleo.

A Bolsa de Lisboa abriu a sessão com ganhos de 1,2%, beneficiando da subida acentuada da Galp Energia. A Organização dos Países Exportadores de Petróleo conseguiu finalmente chegar a acordo sobre a necessidade de reduzir o excesso de produção de petróleo no mundo, levando a petrolífera portuguesa a disparar.

O índice português seguia a tendência dos restantes mercados europeus, todos animados pelas empresas do setor energético. O PSI-20 somava 1,2% para 4.623,75 pontos, já o Stoxx 600 seguia com uma valorização de 0,7%.

2016set29_galp-04

A Galp Energia destacava-se com uma valorização de 4,2% para os 12,15 euros, depois de primeira vez nos últimos oito anos em que o cartel avança com um corte de produção, uma decisão que visa “ressuscitar” as cotações do petróleo.

Os preços reagiram e dispararam mais de 5% nos EUA. No entanto, os futuros do crude cederam entretanto os ganhos e continuavam a negociar abaixo dos 50 dólares por barril. Apesar de a OPEP ter chegado a um acordo para cortar a produção, a sua execução foi adiada para novembro, o que pode criar alguma insegurança no mercado.

A EDP e a EDP Renováveis seguiam também a valorizar. A casa-mãe avança 1,2% para 3 euros e a subsidiária acelera 0,5% para 7,15 euros.

O setor financeiro também está a puxar pela bolsa portuguesa. A entrada da Fosun no capital do BCP leva os títulos do banco a apresentar um ganho de quase 2%. A administração do banco português já disse a Nuno Amado para “finalizar com exclusividade as negociações com a Fosun”. O rival BPI acompanha a tendência geral e sobe 0,1% para 1,13 euros.

Entre os temas que vão marcar o dia de hoje, destaque para os dados do Instituto Nacional de Estatística sobre as estimativas mensais de desemprego e emprego relativas ao mês de agosto. Serão divulgados também os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores relativos a setembro.

A nível europeu, o foco vira-se para os indicadores de confiança económica e dos consumidores da Zona Euro, relativos a setembro, que serão importantes para medir a confiança dos europeus na economia da região. Nos EUA, a presidente da Reserva Federal dos EUA, Janet Yellen, irá discursar via vídeo perante um fórum com banqueiros organizado pela Reserva Federal de Kansas City. O seu discurso será analisado pelos investidores numa tentativa de obter pistas sobre a trajetória da política monetária.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Conselho de Estado reúne pela terceira vez para falar da situação internacional

  • Lusa
  • 29 Setembro 2016

É o terceiro encontro deste órgão desde a tomada de posse de Marcelo Rebelo de Sousa, que optou por realizar estas reuniões com uma frequência trimestral.

O Conselho de Estado reúne-se hoje pela terceira vez desde que Marcelo Rebelo de Sousa é Presidente da República, há aproximadamente sete meses, para analisar um tema genérico: a situação internacional e as suas consequências em Portugal.

“Situação política, económica e financeira internacional e seus reflexos em Portugal num quadro de curto, médio e longo prazo”, foi o tema que seguiu na convocatória enviada aos conselheiros de Estado, a meio deste mês.

Marcelo Rebelo de Sousa, que assumiu a chefia do Estado a 9 de março, imprimiu ritmo trimestral às reuniões do seu órgão político de consulta. Esta terceira reunião acontece a cerca de duas semanas da apresentação do Orçamento do Estado para 2017 pelo Governo do PS chefiado por António Costa.

A anterior reunião do Conselho de Estado aconteceu a 11 de julho, também tendo como tema a situação política internacional e as suas incidências em Portugal. Na altura, estava-se no rescaldo do referendo que ditou a saída do Reino Unido da União Europeia e das eleições legislativas em Espanha. A primeira reunião do Conselho de Estado realizou-se a 7 de abril, com o presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, como convidado, para falar da situação financeira e económica europeia.

O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República, e integra por inerência o presidente da Assembleia da República, o primeiro-ministro, o presidente do Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça, presidentes dos governos regionais e antigos Presidentes da República.

Além destes membros, inclui cinco cidadãos designados pelo Presidente da República, pelo período correspondente à duração do seu mandato, e cinco eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.

Marcelo Rebelo de Sousa nomeou para o Conselho de Estado o antigo dirigente do CDS-PP António Lobo Xavier, o antigo primeiro-ministro António Guterres, o ensaísta Eduardo Lourenço, o antigo presidente do PSD Luís Marques Mendes e a presidente da Fundação Champalimaud, Leonor Beleza.

No início desta legislatura, em dezembro do ano passado, a Assembleia da República elegeu Carlos César (PS), Francisco Louçã (BE), Domingos Abrantes (PCP), Francisco Pinto Balsemão (PSD) e Adriano Moreira (CDS-PP) para o Conselho de Estado, em resultado da votação de duas listas separadas, uma da bancada da esquerda e outra da direita.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

5 coisas que tem de saber antes de abrirem os mercados

O primeiro corte da produção de petróleo pela OPEP, em oito anos, é o tema do dia. Mas será importante também os investidores estarem atentos a dados sobre as economias europeia e norte-americana.

Agora é que o petróleo vai subir?

Esta quarta-feira ao final do dia, os membros da OPEP avançaram com uma decisão histórica. Acordaram avançar com um corte de produção de petróleo para o intervalo entre 32,5 milhões e 33 milhões de barris por dia. As cotações da matéria-prima dispararam mais de 6% após a notícia. Será importante perceber como reagem os investidores, esta quinta-feira, àquilo poderá sinalizar uma inversão de tendência para as cotações do petróleo. Trata-se da primeira vez em oito anos que a OPEP avança com um corte de produção de petróleo.

Como vai a saúde da economia portuguesa?

Hoje o Instituto Nacional de Estatística avança com a divulgação de indicadores que poderão dar mais algumas pistas sobre a saúde da economia lusa. O gabinete de estatísticas públicas divulga estimativas mensais de desemprego e emprego relativas ao mês de agosto. Serão divulgados também os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores relativos a setembro.

Os europeus estão confiantes?

Numa altura em que a Europa continua a ver a sua economia deprimida será importante medir o nível de confiança dos europeus. Hoje, serão divulgados os indicadores de confiança económica da Zona Euro e dos consumidores, relativos a setembro.

Medir o pulso à economia dos EUA

Os EUA vão ou não subir as taxas de juro? E quando irá isto acontecer? A divulgação, hoje, do PIB da economia norte-americana relativo ao segundo trimestre deste ano poderá ajudar a ter mais pistas sobre questões como essa. As estimativas apontam para que o PIB norte-americano tenha crescido 1,3%, nesse período, acima dos 1,1% verificados no trimestre anterior.

Yellen e os juros

A presidente da Reserva Federal dos EUA, Janet Yellen, irá discursar via vídeo perante um fórum com banqueiros organizado pela Reserva Federal de Kansas City. Das palavras de Yellen poderão surgir pistas sobre a política monetária da maior economia do mundo e sobre o ritmo a que a entidade que lidera está disposta a mexer nos juros de referência.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

BlackBerry anuncia fim da produção de telemóveis

  • Ana Luísa Alves
  • 29 Setembro 2016

Talvez hoje seja um dia para recordar. Afinal não é todos os dias que a BlackBerry anuncia que vai deixar de produzir smartphones.

Se tiver um BlackBerry guarde-o bem. A empresa canadiana anunciou esta quarta-feira que vai deixar de produzir telemóveis. Depois de ter entrado em competição com os telemóveis da Apple e da Samsung, a BlackBerry vai parar a produção de telemóveis e deixa a função para as empresas concorrentes.

Esta decisão não é surpresa, depois de divulgados os resultados da venda do último smartphone lançado, o BlackBerry Priv. De acordo com estimativas da consultora Gartner, no segundo trimestre deste ano a participação da companhia foi de 0,1% no mercado mundial, o equivalente a 400,4 mil unidades vendidas, um valor bastante abaixo dos 5 milhões que a fabricante esperava vender para continuar no negócio de telemóveis.

John Chen, CEO da BlackBerry, declarou que a intenção da empresa é focar-se no software, e que os dispositivos serão produzidos por outras fabricantes. “A companhia planeia encerrar todo o desenvolvimento de hardware interno e vai delegar essa função para os parceiros”, explicou num comunicado, acrescentando que o foco está no setor empresarial e nos governos, e não tanto no consumidor.

Os resultados da empresa no segundo trimestre foram de 325 milhões de dólares, abaixo das previsões dos analistas que apontavam para 390 milhões de dólares. Este ano a BlackBerry enviou apenas 400.000 telemóveis no segundo trimestre fiscal, metade do que vendeu no mesmo período do ano passado.

Segundo um analista da Bloomberg Intelligence, Matthew Kanterman, aquilo que está a acontecer era inevitável. “A empresa não tem os volumes de unidade para sustentar um negócio rentável”, disse Kanterman.

Embora a marca tenha liderado o mercado na produção de smartphones, foi atingida pela Apple, com o iPhone. Desde então todas as tentativas de voltar a liderar o mercado foram falhadas.

Editado por Paulo Moutinho

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

SABMiller dá o “ok” à fusão com a AB InBev

Os acionistas da SABMiller aprovaram a fusão de 103 mil milhões de dólares com a Anheuser-Busch InBev NV, juntando as duas maiores fabricantes de cerveja do mundo.

Os acionistas da SABMiller aprovaram a fusão de 103 mil milhões de dólares (91,9 mil milhões de euros) com a Anheuser-Busch InBev NV, juntando as duas maiores fabricantes de cerveja do mundo cerca de um ano depois de ter sido feita a proposta de aquisição. A operação deverá estar concluída a 10 de outubro.

Mais de 95% dos acionistas apoiaram o negócio, bastante acima do mínimo necessário de 75%, avança a Bloomberg.

A fabricante belga AB InBev vai dominar a nova empresa, que vai ser responsável por cada uma de três cervejas vendidas mundialmente. A fabricante da Budweiser vai manter o nome, anulando quaisquer vestígios da SABMiller, e apenas um dos executivos da empresa britânica fará parte da nova equipa.

A AB InBev planeia reduzir cerca de 3% da força laboral da empresa, com o objetivo de gerar 1,4 mil milhões de dólares de poupanças anuais.

Esta aprovação põe fim a um processo que durou cerca de um ano e que assistiu a muitos impasses entre as duas empresas devido ao preço e alienações de ativos para satisfazer os reguladores da concorrência a nível mundial.

 

 

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.