MWC: Guia para a maior feira de dispositivos móveis do mundo

A uma semana do arranque do Mobile World Cogress (MWC) em Barcelona, conheça os trunfos que as principais marcas se preparam para lançar na maior feira do mundo dedicada aos dispositivos móveis.

Todos os anos Barcelona acolhe a principal feira de tecnologia do mundo dos dispositivos móveis, o Mobile World Congress (MWC). Este ano não é exceção: entre 27 de fevereiro e 3 de março, a cidade espanhola vai ser palco de alguns dos grandes lançamentos e apresentações que vão marcar a próxima temporada. É difícil antecipar o MWC com grandes certezas, uma vez que a maioria das marcas prima pelo sigilo.

No entanto, os rumores correm a grande velocidade. E chegam até à imprensa sob a forma de fugas de informação — muitas delas, quiçá, promovidas pelas próprias marcas para adensar ainda mais o mistério. Por isso, preparámos um guia com aquilo que algumas fabricantes deverão apresentar na edição este ano. Falamos, acima de tudo, de telemóveis e tablets.

O que esperar…

… da Huawei?

Há muito que o mundo deixou de olhar para a Huawei como uma marca branca. A fabricante chinesa está no mercado e concorre ao nível da Samsung e da Apple, depois de, nos últimos anos, apresentar telemóveis que muito surpreenderam pela positiva: o quase icónico P8, o Mate S, o Mate 8, o P9 e, mais recentemente, o Mate 9 (que o ECO analisou aqui) são os principias exemplos.

Para este MWC, a empresa já confirmou vem aí o P10, a evolução do telemóvel P9 que ficou conhecido por ser dos primeiros a integrar duas câmaras traseiras. Tudo indica que assim continuará a ser. A apresentação decorre a 26 de fevereiro, no dia anterior à abertura da feira e o ECO vai estar presente.

… da LG?

A marca sul-coreana LG também vai estar no MWC e, desta vez, para apresentar o G6, o sucessor do G5. A principal característica do modelo anterior é o facto de ser um telemóvel modular — existem três módulos que podem ser trocados pelo utilizador para incluir melhorias no dispositivo (melhor câmara, melhor qualidade de som e por aí em diante).

Mas a empresa terá decidido abandonar o formato. O LG G6 não deverá ser um aparelho modular e o foco estará nos pormenores que o mercado cada vez mais exige: ecrã 4K, resistência à água, entre outros. O convite enviado pela LG parece apontar também para que o G6 seja o primeiro telemóvel em que o ecrã ocupa toda a parte frontal do aparelho, uma ambição para várias marcas.

… da Samsung?

A Samsung está, aos poucos, a reconquistar a confiança dos utilizadores, após o escândalo das explosões ou incêndios do modelo Galaxy Note 7. Por norma, a empresa aproveita o MWC para atualizar a gama de telemóveis Galaxy S (no ano passado, lançou o S7). Mas, na edição deste ano, não há telemóveis Samsung para ninguém. Foi a própria marca que o confirmou: o lançamento do novo Galaxy S8 não está previsto para o MWC 2017.

De resto, pouco mais se sabe. Apenas que a empresa enviou um misterioso convite com aquilo que parece ser o rebordo de um tablet. As apostas da imprensa especializada apontam para a possibilidade de ser o novo Galaxy Tab S3, uma gama que rivaliza com o iPad da Apple. Mas é preciso esperar pelo evento de dia 26 para poder dizê-lo com toda a certeza.

O misterioso convite da Samsung, com aquilo que parece ser o rebordo de um tablet.Samsung

… da Sony?

Um novo Sony Xperia topo de gama? Pouco provável, mas não impossível, garante a Wired. A explicação está no licenciamento de hardware: escreve a revista que a Samsung terá exclusividade sobre os direitos do novo processador Snapdragon 835 da Qualcomm, um dos principais componentes dos telemóveis, até ao lançamento do Galaxy S8 — e que, como vimos no ponto anterior, não deverá acontecer nesta edição do MWC.

Assim — e a ser verdade –, a Sony, para concorrer ao nível da Samsung, estará a guardar o lançamento de um flagship para mais tarde. De qualquer forma, nesta edição do MWC, espera-se que a empresa apresente outros telemóveis para atualizar as gamas mais baixas. Mas não está totalmente afastado o aparecimento de um Xperia topo de gama com ecrã de 5,5 polegadas e qualidade 4K, boas câmaras frontal e traseira, ligação USB de última geração e sensor de impressões digitais.

Espera-se que a Sony atualize algumas das gamas mais baixas de telemóveis.Ian Muttoo/Flickr

… da ZTE?

Até há bem pouco tempo, testar uma rede digital de quinta geração, uma tecnologia conhecida por 5G, implicava usar aparelhos do tamanho de computadores portáteis. Era uma questão de tempo até se conseguir dar um passo em frente e aplicar essa tecnologia a dispositivos mais pequenos, como os telemóveis.

No MWC 2017, a marca chinesa ZTE prepara-se para o fazer. Segundo o The Verge, vai apresentar o Gigabit Phone, o primeiro telemóvel a suportar conectividade ultrarrápida 5G — mais rápida até do que a fibra ótica. Escreve o mesmo site que o aparelho deverá permitir gravar vídeo em 360 graus ou mesmo em qualidade 4K. Contudo, não deverá ser ainda um produto comercial.

A marca poderá tornar-se a primeira a apresentar um telemóvel com conectividade 5G.Kārlis Dambrāns/Flickr

… da Nokia?

Ah, a Nokia. Traz saudade. Já foi líder no segmento dos antigos telemóveis e perdeu o comboio quando a Apple puxou o mercado e acrescentou o prefixo smart à palavra phone. Mas nem tudo está perdido: não há muito tempo, a empresa renasceu e lançou o Nokia 6, um telemóvel de gama média, mas exclusivo para o mercado chinês.

Quando ao MWC 2017, o principal rumor, avançado pela Venture Beat, aponta para que a marca lance quatro dispositivos para o mercado europeu: o Nokia 3, o Nokia 5 e o Nokia 6, com a mais recente versão do sistema operativo Android. Dissemos quatro, não foi? Sim, falta o Nokia 3310, o antigo telemóvel lançado há 17 anos, ao qual a empresa deverá fazer uma homenagem, pondo-o novamente à venda por 59 euros. É o que dizem “fontes conhecedoras do assunto” a Evan Blass, o repórter de tecnologia que costuma revelar, com bastante precisão, os lançamentos das marcas antes do tempo.

… da BlackBerry?

Ainda tem cartas a dar, a BlackBerry. Em janeiro, a empresa mostrou em Las Vegas um protótipo do telemóvel Mercury, um dispositivo Android. Como é típico da marca, tem um teclado físico por baixo, mais uma aposta curiosa desta empresa que, como a Nokia, foi líder noutros tempos. Nesta edição do MWC, espera-se que a empresa mostre e lance no mercado a versão final do aparelho.

Sim, a BlackBerry ainda existe.Wikimedia Commons

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