Europa: Aversão ao risco não afasta oportunidades de negócio

  • Rita Atalaia
  • 27 Março 2017

Os investidores estão mais cautelosos, mas não é por isso que vão deixar de ver oportunidades de fusões e aquisições na Europa. O Velho Continente é a região onde se registam mais operações.

Há uma maior aversão ao risco no mercado. Mas não é por isso que os investidores vão deixar de ver oportunidades para fusões e aquisições na Europa, este ano. A conclusão é de um estudo da CMS, que mostra que esta tendência já se verificava no ano passado, quando o número de operações começou a estabilizar.

Os investidores estão mais cautelosos em matéria de risco, mas vão continuar a encontrar oportunidades para fusões & aquisições no Velho Continente, em 2017, diz a CMS, num estudo que analisou a alocação de risco, incluindo tendências mais gerais, diferenças regionais e o impacto do negócio em mais de 3200 operações.

"Os compradores estão a ficar mais cautelosos. Os resultados de 2016 mostram todos os sinais de que os compradores estão a assumir menos riscos e a passarem-nos para os vendedores, revertendo a tendência favorável aos vendedores observada desde 2010.”

Stefan Brunnschweiler

Responsável do Grupo de Corporate e Fusões & Aquisições da CMS

O clima de negócio também foi semelhante em 2016. Stefan Brunnschweiler, responsável do Grupo de Corporate e Fusões & Aquisições da CMS, diz que “os compradores estão a ficar mais cautelosos. Os resultados de 2016 mostram todos os sinais de que os compradores estão a assumir menos riscos e a passarem-nos para os vendedores, revertendo a tendência favorável aos vendedores observada desde 2010”.

Segundo o estudo, a “alocação de risco varia em função do tamanho do negócio”, assim como conforme as “regras que se aplicam”. E dá o exemplo: “Para operações superiores a 100 milhões de euros, pagamentos adicionais em função de resultados obtidos são mais raros e o tipo de limites às responsabilidades muito mais baixos”.

Apesar desta aversão ao risco, a Europa continua a ser região onde se registam mais operações. Mesmo em comparação com a América do Norte. Mas este cenário pode mudar. “À medida que se tornaram claras as prioridades da nova Administração dos Estados Unidos, em particular a política ‘América em primeiro Lugar’, a maioria dos contribuidores considera que haverá uma subida drástica das operações de fusão e aquisição no curto prazo, nos Estados Unidos”, esclarece a CMS.

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