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  • 1 Abril 2017

O sócio fundador da Manuel Rebanda & Associados – a operar em Coimbra - dá uma entrevista ao Search a Lawyer onde fala quais as apostas do escritório pós-pandemia e na possibilidade de aumentar o núm

O sócio fundador da Manuel Rebanda & Associados – a operar em Coimbra – dá uma entrevista ao Search a Lawyer onde fala quais as apostas do escritório pós-pandemia e na possibilidade de aumentar o número de sócios

Numa fase de pós pandemia, quais são agora as áreas de aposta que surgiram como fundamentais no vosso escritório?

Aproveitámos esta fase pandémica em que a comunicação à distância se tornou mais presente, para fazer uma série de contactos com escritórios de advogados de outros países para estabelecermos parcerias com vista à cooperação na resolução de questões de nacionalidade, visto de residência para diversas finalidades, atração de investimento estrangeiro, benefícios fiscais para reformados, etc. Com esse objectivo já estabelecemos parcerias com 2 escritórios brasileiros através dos quais procuramos divulgar a atractividade de Coimbra e da região centro nas áreas do ensino superior, da saúde, da qualidade de vida das cidades médias desta região ( Coimbra, Viseu, Aveiro, Leiria) para atrair investimento, designadamente imobiliário, jovens para o ensino superior, etc. A cada vez maior instabilidade e insegurança no Brasil leva cada vez mais cidadãos brasileiros a procurarem Portugal, até pela questão da língua, mas também pela maior facilidade em adquirir a nacionalidade portuguesa.

Como encaram o vosso escritório aos tempos de hoje face ao que era quando nasceu?

O nosso escritório, dedicando-se desde seu inicio em grande medida ao apoio jurídico a empresas, continua a apostar muito numa advocacia preventiva e de muita proximidade com o cliente. Mas com o alargamento do numero de advogados fomos entrado noutras áreas e somos actualmente uma firma full service. O desenvolvimento de outras áreas deu-se também muito na sequência da nossa entrada na rede de Parcerias Nacionais PLMJ, a partir de 2006.

Pretendem aumentar número de sócios brevemente?

Actualmente o nosso escritório conta com 4 sócios e 3 associados e é natural que, pelas nossas regras internas, nos próximos 2 ou 3 anos pelo menos algum deles cumpra os critérios para passar a sócio.

O que é que o vosso escritório pode dar de mais valias aos clientes, comparando com os da concorrência?

Pensamos que a nossa mais valia está exactamente na proximidade que mantemos na relação com o cliente, que sabe que estamos sempre disponíveis seja para dar uma opinião na questão mais simples, seja para o apoiar num processo ou numa negociação mais intrincada. Temos clientes que confiam em nós há mais de 35 anos. A nossa postura é sempre de uma grande proactividade, tentando jogar na antecipação, promovendo ações de divulgação e discussão com os clientes de alterações legislativas importantes, etc.

O mercado está a abrir para os pequenos e médios escritórios?

Haverá sempre mercado para os pequenos e médios escritórios, relativamente aos quais a relação com o cliente é mais personalizada. No nosso caso especifico, a relação de parceria com um dos maiores escritórios nacionais abre-nos também a perspectiva de trabalho com clientes de outra dimensão, atenta a circunstância de podermos contar com a especialização e a experiência de uma equipa de mais de 400 advogados e em todas as áreas do direito.

A advocacia de negócios é o caminho mais óbvio da advocacia?

A advocacia de negócios é necessariamente um dos caminhos, mas está longe de ser o único caminho. Uma sociedade em constante e rápida mudança obriga todas as áreas e também a advocacia a reinventar-se todos os dias e a saber em cada momento quais as especificas necessidades dos clientes.

Como avalia a atuação do atual bastonário face à classe?

A actuação do actual Bastonário está longe de ser consensual junto dos advogados. A minha passagem pelos orgãos da Ordem deu-se quando era Bastonário o saudoso Dr. António Pires de Lima.

Tive a honra de com ele trabalhar, tendo feito parte do Conselho Regional ( à época Distrital) de Coimbra. Tenho, assim, relativamente à figura do Bastonário, uma expectativa muito alta. Faço, desde logo, uma declaração de interesses: apoiei publicamente o Dr. Guilherme Figueiredo. Sem querer ofender a classe docente, assalta-me um aforismo: “ quem sabe, faz, quem não sabe, ensina”.

Alguma área do vosso escritório que não tenham e que pretendam apostar?

Nos últimos 2 ou 3 anos fizemos uma maior aposta no direito publico ( administrativo) devido à maior procura tendo em conta a dimensão dos operadores públicos em Coimbra ( os maiores empregadores, por exemplo, são a Universidade, o Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra e Câmara e empresas municipais).

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