Petróleo afunda 2% e volta a negociar abaixo dos 50 dólares

Há sinais de que corte na produção promovido pela OPEP não está a surtir o efeito desejado na redução dos stocks de ouro negro mundiais. Com isto, a cotação do barril afunda para mínimos de meio ano.

As cotações do barril de petróleo cedem para mínimos de novembro do ano passado com a intensificação dos sinais de que o corte promovido pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não está a ter efeitos práticos na redução do stock global de ouro negro, com o Brent a voltar a negociar abaixo da casa dos 50 dólares.

O contrato negociado em Londres e que serve de referência para as importações nacionais afundava 2,36% para 49,59 dólares por barril. Também o crude, transacionado em Nova Iorque, desvaloriza 2,56% para 46,58 dólares.

Esta correção em baixa surge depois de a Administração de Informação Energética (EIA, na sigla em inglês) ter revelado que a produção de petróleo aumentou para os 9,29 milhões de barris por dia, o volume mais elevado desde agosto de 2015. E isto numa altura em que o cartel que junta os principais produtores mundiais, como a Arábia Saudita, estão a ser pressionados para aprofundar o corte na produção decidido em novembro do ano passado e que passava pela redução de 1,2 milhões de barris diários no seio daquela organização.

Petróleo desliza

Fonte: Bloomberg (valores em dólares)

O petróleo vai a caminho da terceira semana de desvalorizações perante os receios de que a produção norte-americana possa estar a colocar em causa os esforços da OPEP e de outros países produtores que se juntaram num acordo para eliminar o excesso de barris no mercado. O cartel tem novo encontro marcado para 25 de maio, em Viena, para decidir se prolonga o corte na segunda metade do ano.

“Amontoam-se os sinais de que o acordo da OPEP e a reação do mercado fizeram muito barulho por nada”, referiu John Kilduff, da Again Capital, citado pela Bloomberg. Para Michael Cohen, do Barclays, “o mercado parece que perdeu a fé de forma temporária no impacto dos cortes da OPEP nos inventários globais”, acrescentou.

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