Uma jangada que produz energia. EDP inaugura projeto-piloto

  • Lusa
  • 5 Julho 2017

Na albufeira do Alto Rabagão, Vila Real, foram instalados 840 painéis, numa espécie de jangada e com uma potência de 220 quilowatt pico. O projeto significa um investimento de 450 mil euros.

A EDP inaugura esta quarta-feira um projeto-piloto que conjuga energia fotovoltaica e hídrica, num investimento de 450 mil euros, que consistiu em 840 painéis solares flutuantes na albufeira da barragem do Alto Rabagão, em Montalegre.

Na albufeira do Alto Rabagão, no distrito de Vila Real, foram instalados 840 painéis, numa espécie de jangada e com uma potência de 220 quilowatt pico (KWp), que aproveita a infraestrutura já existente na barragem, como os transformadores, os quadros elétricos e a ligação à rede elétrica, para o escoamento da produção anual.

A EDP quer estudar a viabilidade económica desta solução que está já a produzir energia desde novembro.

“Este projeto a esta escala ainda não é viável. A nossa expectativa é estudar o funcionamento, a exploração e os resultados de exploração desta solução e, com uma escala maior, chegar a valores concorrentes com as soluções tradicionais em terra”, referiu em janeiro à Lusa Paulo Pinto, gestor do projeto.

"Este projeto a esta escala ainda não é viável. A nossa expectativa é estudar o funcionamento, a exploração e os resultados de exploração desta solução e, com uma escala maior, chegar a valores concorrentes com as soluções tradicionais em terra.”

Paulo Pinto

Gestor do projeto

Segundo o responsável, as vantagens deste projeto são também de ordem ambiental: “O espelho de água já existe, os painéis flutuantes não competem com terrenos utilizados para outros fins, não é preciso desmatar terrenos”.

Além disso, em água os painéis podem-se desmontar rapidamente “sem deixar vestígios” e, portanto, “a pegada é nula”.

"O espelho de água já existe, os painéis flutuantes não competem com terrenos utilizados para outros fins, não é preciso desmatar terrenos.”

Paulo Pinto

Gestor do projeto

Depois, acrescentou, é ainda aproveitada uma infraestrutura existente, logo não é preciso instalar uma nova linha de escoamento de energia com o inerente impacto ambiental e o custo associado, não só económico como ambiental”.

“Tem todos os ingredientes para dar certo, uma solução deste tipo”, salientou.

O projeto é uma parceria entre a EDP Produção, a EDP Distribuição e a EDP Renováveis e o investimento foi suportado pela empresa.

Se este projeto de complementaridade solar-hidroelétrica funcionar e for viável, a EDP poderá replicá-lo em outras barragens.

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