Zona Euro cresce 2,2%. Portugal ainda no pelotão da frente, mas com sinal amarelo
O PIB da Zona Euro cresceu 2,2% no segundo trimestre deste ano, confirmando o melhor ritmo desde 2011. Portugal fica acima da média da moeda única, mas a comparação trimestral deixa sinal de alerta.
A Zona Euro cresceu 2,2% no segundo trimestre de 2017, quando comparado com o mesmo período de 2016. O número confirma que o conjunto da moeda única está a crescer ao seu melhor ritmo desde 2011. Portugal fica no pelotão da frente, com um crescimento acima da média. Mas o crescimento trimestral deixa um sinal de alerta: a economia portuguesa avançou ao ritmo mais baixo — só a Finlândia, que registou uma contração do crescimento, ficou pior.
Na estimativa preliminar, o Eurostat tinha apontado para um crescimento de 2,1% da Zona Euro. Agora o valor foi revisto uma décima em alta. Comparando com o primeiro trimestre de 2017, a estimativa mantém-se inalterada face ao dado preliminar, nos 0,6%.
Como cresce a Zona Euro?
Fonte: Eurostat
Tal como já tinha revelado o Instituto Nacional de Estatística, entre abril e junho de 2017 Portugal cresceu 2,8% em termos homólogos. O crescimento desiludiu — a expectativa dos economistas era de 3% — mas não deixou de confirmar a convicção de que em termos anuais o crescimento será mais forte do que a meta do Governo (de 1,8%).
Com este número, Portugal mantém-se no pelotão da frente, no conjunto da moeda única, confirmando o terceiro trimestre consecutivo a crescer mais do que a zona euro. Desde 2001 que a economia nacional não registava um período tão prolongado de convergência com os parceiros do euro.
Como é que Portugal compara com a Zona Euro?
Fonte: INE e Eurostat
Contudo, há um sinal de alerta nos números: na comparação trimestral, Portugal destaca-se como o que menos cresceu, à exceção da Finlândia, que registou mesmo uma contração do PIB. No primeiro trimestre do ano a economia nacional tinha avançado 1% na comparação em cadeia e estava acima da média. O abrandamento recomenda cautela na leitura dos dados.
“Ainda que este trimestre não ponha em causa a recuperação em curso — suportada até pelo mercado de trabalho — deverá servir pelo menos de alerta para a prevalência das fragilidades estruturais da economia portuguesa,” escreveu o economista Ricardo Santos, num artigo de opinião publicado no ECO.
Quem cresceu mais?
Fonte: Eurostat
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