Spotify quer ir para a bolsa, mas pela porta das traseiras

O serviço que mais música dá aos clientes quer estar na bolsa até ao fim do ano, mas não quer realizar uma oferta pública inicial. Método é pouco comum, mas tem vantagens.

A empresa reportou 140 milhões de utilizadores em julhoPixabay

O Spotify deverá chegar a Wall Street e passar a ser uma cotada até ao final do ano. No entanto, o maior serviço de streaming de música quer entrar para a bolsa saltando a parte da oferta pública inicial (IPO), de acordo com fontes citadas pela Bloomberg.

A empresa tem planos para levar a cabo uma entrada direta na bolsa (eventualmente listando só as ações já existentes e sem venda direta), um método pouco ortodoxo neste tipo de operações. A agência explica que uma empresa pode escolher esta via se não tiver como principais objetivos a angariação de capital e a obtenção de reconhecimento. Em contrapartida, é uma operação menos dispendiosa, evita restrições na venda de títulos pelos atuais acionistas e não dilui as atuais participações.

No entanto, de acordo com a agência, uma entrada direta acarreta um maior grau de incerteza. É na IPO que se define o preço a que as ações vão ser vendidas no arranque da primeira sessão. Ainda não é certo em que termos tenciona o Spotify recorrer a uma entrada direta na bolsa norte-americana, mas os bancos Goldman Sachs, Morgan Stanley e Allen & Co. já foram mandatados para assessorar a empresa sueca no processo.

De acordo com a Bloomberg, ainda não houve luz verde por parte da SEC (equivalente à CMVM nos Estado Unidos) para esta operação. Aliás, a empresa só recentemente reuniu com responsáveis do regulador no sentido de apresentar o projeto. A reunião ocorreu no mês passado e teve como objetivo a recolha de mais dados para que a SEC possa pôr as intenções do Spotify na balança.

A avançar, será a maior empresa a entrar diretamente para a bolsa dos Estados Unidos sem recorrer a uma IPO. O Spotify revolucionou a indústria da música e é, atualmente, o maior serviço de streaming de áudio, permitindo o acesso a milhões de músicas mediante uma subscrição mensal, ou gratuitamente com publicidade à mistura. Em julho, a empresa reportou 140 milhões de utilizadores no total e receitas de 2,93 mil milhões de euros.

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