Gostava de morar no Alasca? Estado oferece 1.600 euros por ano

O Alasca é o Estado norte-americano com menos população e está a oferecer aos seus cidadãos permanentes cerca de 1.600 euros por ano, vindos das reservas de petróleo.

O estado do Alasca está a apostar no aumento do número de cidadãos e, para isso, está a oferecer incentivos a quem se mudar para a região. O maior estado dos Estados Unidos e o principal produtor de petróleo paga a cada um dos seus residentes um máximo de dois mil dólares (1.675 euros) por ano e esse valor também inclui as crianças. Mas será que compensa? O ECO fez as contas.

Se algum dia pensou em mudar de vida esta pode ser a sua oportunidade. O Alasca é o maior dos 50 estados norte-americanos mas, em contrapartida, é o menos povoado de todos — conta com 0,42 habitantes por cada quilómetro quadrado. Em 2016, tinha cerca de 740 mil habitantes. A sua economia depende principalmente da extração de petróleo e gás natural, tornando-o o maior produtor de petróleo dos Estados Unidos. E é com esse trunfo que o Alasca tenta atrair mais pessoas a mudarem-se para lá.

Atualmente, cada cidadão permanente recebe uma parcela da riqueza do petróleo do Estado. Mas, os residentes continuam a ser insuficientes e, para combater essa escassez, o Governo oferece esses mesmos incentivos àqueles que se mudem para lá. A medida foi implementada em 1982 de forma a garantir que as futuras gerações consigam beneficiar das reservas de petróleo do Estado, que são um recurso finito.

Até agora, o Alasca já entregou aos seus habitantes mais de 21 mil milhões de dólares (17,6 mil milhões de euros), e as crianças também estão incluídas. O valor pago a cada cidadão varia de ano para ano, conforme o valor das reservas de petróleo do estado. Por exemplo, o ano de 2015 viu o valor mais alto por cada cidadão — 2.072 dólares (1.735,5 euros) por ano, enquanto este ano se fixa nos 1.100 dólares (921,4 euros).

E quanto aos requisitos, não são muitos: apenas dois. Qualquer cidadão que se mude de forma permanente para o Alasca tem direito a esse pagamento anual, desde que lá permaneça, no mínimo, 180 dias por ano (o equivalente a seis meses) e não tenha sido condenado por qualquer crime no último ano.

Mas, no final, valerá a pena?

A proposta até parece tentadora mas há mais fatores a ter em conta. As temperaturas negativas, que rondam os -7ºC, são um dos pontos que podem deixar muitos interessados de pé atrás, principalmente no mês de dezembro, com temperaturas que rondam os -2ºC. Ainda assim, no Alasca tem a hipótese de ver as famosas e tão desejadas auroras boreais, facilmente visíveis ao início da manhã ou fim da noite.

Aurora boreal, Alasca

Encontrar casa no Alasca não é tão difícil e custoso como em Lisboa ou no Porto. A oferta é variada, a preços acessíveis e, acredite, há vários pequenos paraísos demasiado baratos. Diariamente, o Governo leiloa casas a preços bastante acessíveis, localizadas em verdadeiros paraísos com vista para uma lagoa própria, floresta e a cinco quilómetros de um glaciar. O problema só é um: não têm acesso a água nem a Internet e o melhor será usar um telefone por satélite. Com sorte, encontra também ofertas imperdíveis, como comprar uma ilha com água cristalina, mas gelada, por 140 mil euros. Fora isso, há casas normais com todas as condições que um ser humano precisa, não se preocupe.

No que diz respeito às refeições, os preços dos produtos não são assim tão acessíveis, devido aos custos de importação. Por exemplo, um quilo de laranjas no Alasca custa cerca de 2,3 dólares (1,9 euros) enquanto cá fica por 1,29 euros. Um quilo de batatas fica por 1,89 dólares (1,58 euros) enquanto cá fica por 0,73 euros. Uma embalagem de champô custa 7,39 dólares (6,19 euros), enquanto cá, a mesma embalagem da mesma marca fica por 5,29 euros.

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