Agressividade do BE com o Governo é só retórica, diz Marques Mendes
Os parceiros da coligação estão a distanciar-se do Governo, diz Marques Mendes. Mas a agressividade inédita do Bloco de Esquerda é só retórica, garante. Não tem consequências.
Os parceiros que dão apoio parlamentar ao Executivo “estão a distanciar-se do Governo”, diz Luís Marque Mendes no seu comentário semanal na Sic Notícias. O comendador sublinha a agressividade da entrevista de Catarina Martins, mas que é só retórica, sem consequências, garante.
“A entrevista de Catarina Martins é de uma agressividade que nunca se viu. Há uma agressividade nova do Bloco”, sublinha Marques Mendes, numa referência à entrevista que a coordenadora do Bloco deu ao Expresso (acesso pago) este fim de semana. E estranha o facto de o PS não reagir. “O PS ouve e cala? Não reage?”, questiona. “Isso cria mal-estar”. O comendador lembra ainda que as declarações de Francisco Assis e de Manuel Alegre “denunciam o mal-estar pelo PS não reagir”.
Marques Mendes defende ainda que “esta agressividade é só retórica, sem consequências claras”. “Catarina Martins é clarinha, não quer criar uma crise e quer levar a legislatura até ao fim”, conclui.
Esta agressividade é só retórica, sem consequências claras”. “Catarina Martins é clarinha, não quer criar uma crise e quer levar a legislatura até ao fim.
Apesar de a sobrevivência da geringonça estar praticamente garantida, Marques Mendes considera que “reeditar a geringonça depois de 2019 vai ser ainda mais difícil”, por causa da eleição de Mário Centeno para presidente do Eurogrupo. Considerando que “um português num alto cargo internacional é sempre um motivo de orgulho para o país”, o comentador defende que o ministro das Finanças saí “reforçadíssimo” e “o Governo também” já que “recebeu um aval pela sua política financeira”.
Para Marques Mendes, a oposição não pode “nem pensar em voltar a chamar o diabo” e “a vida do próximo líder do PSD vai ser muito difícil”, sendo imperioso “demarcar-se da liderança que estava a ser feita até agora”.
Quanto ao debate quinzenal, Mendes considera que os ataques a Assunção Cristas são um sinal de que novos tempos se aproximam e que António Costa se quer aproximar do novo líder do PSD e que já não necessita do CDS para atacar Pedro Passos Coelho.
Inspecionar a Raríssimas já
Mandar fazer já uma inspeção por parte do Instituto da Segurança Social. É desta forma que Luís Marques Mendes sugere que o Governo deve lidar com as suspeitas de que a presidente da Associação Raríssimas usou donativos e subsídios públicos para benefício próprio. O comentador critica a forma pouco clara como o Governo está a lidar com estes eventuais abusos e irregularidades financeiros.
Marques Mendes lembra os fins meritórios da instituições e a atividade que levou a cabo ao longo dos anos, e alerta que “não se deve fazer um juízo precipitado”, ” mas se for provado tem de haver mão pesada, não pode haver conivência”, diz. Marques Mendes deixa ainda a nuance que será fácil verificar se existem irregularidades já que “a lei é clara”, neste tipo de instituições, o presidente “não pode receber mais de 4 IAS”.
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