Venda do Montepio Seguros ao chineses da CEFC? Tomás Correia tem dúvidas

  • ECO
  • 29 Abril 2018

O presidente da Associação Mutualista refere que a venda do ramo segurador do Montepio aos chineses da CEFC não é garantida. Mesmo se obtiver luz verde do regulador dos seguros.

O presidente da Associação Mutualista duvida que a venda do Montepio Seguros aos chineses da CEFC China Energy se concretize. Isto mesmo no caso de a operação obter luz verde do regulador. Tomás Correia afirma que ainda não há um esquema definitivo para a alienação de 60% do ramo segurador da instituição financeira liderada por Carlos Tavares.

“Não sei se virão a estar reunidas as condições, ou não” relativamente à venda do Montepio Seguros à CEFC, afirmou o presidente da Associação Mutualista em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, sem dar mais detalhes. “Neste momento, as coisas não estão fechadas para poder levar ao conselho geral”, referiu. Ou seja, não foi ainda apresentada uma proposta definitiva.

Esta operação está agora a ser avaliada pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, estando ainda a aguardar-se por uma posição do regulador. Mas, para Tomás Correia, mesmo que este venha a aprovar a venda do ramo segurador Montepio à CEFC, não há garantias que este negócio venha a avançar.

"Se o negócio fosse olhado por nós como um negócio para concretizar, que nos tivéssemos a certeza que se ia fazer, nós desde setembro já tínhamos levado o negócio ao conselho geral com uma proposta para definir em definitivo o esquema da participação.”

Tomás Correia

Presidente da Associação Mutualista

Se o negócio fosse olhado por nós como um negócio para concretizar, que nos tivéssemos a certeza que se ia fazer, nós desde setembro já tínhamos levado o negócio ao conselho geral com uma proposta para definir em definitivo o esquema da participação”, nota o presidente da Associação Mutualista.

No início deste mês, a Fundação Calouste Gulbenkian decidiu pôr termo à negociação que decorria com os chineses da CEFC para a venda da Partex devido à “incapacidade desta empresa em esclarecer cabalmente” uma investigação ao seu presidente. Já o Montepio garantiu que continuavam os contactos com vista à conclusão do negócio.

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