Lucros dos CTT caem quase para metade no primeiro trimestre
A empresa dos Correios encerrou os primeiros três meses do ano com 5,4 milhões de euros de lucros, um valor que representa uma quebra de quase 50% face ao período homólogo.
A empresa dos Correios CTT 0,59% encerrou os primeiros três meses do ano com 5,4 milhões de euros de lucros, um valor que representa uma quebra de quase 50% face ao período homólogo.
Os rendimentos da empresa estabilizaram no setor operacional e desceram “apenas 0,8%”, como se lê no relatório enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no campo do correio, mas houve um decréscimo de 37% nos rendimentos dos serviços financeiros. Segundo o mesmo relatório, os serviços financeiros viram esta quebra “pela diminuição da colocação de um dos produtos de dívida pública”, que foi substituído por um de valor inferior.
O investimento da empresa, por sua vez, mais do que duplicou, aumentando 162,7% relativamente ao mesmo trimestre em 2017. Cinco milhões de euros foram investidos principalmente no âmbito do Banco CTT, seja no seu sistema core, seja nos seus sistemas de apoio ao negócio, e também em obras de renovação de edifícios.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) recorrente fixou-se nos 22,7 milhões de euros no primeiro trimestre, o que representa uma queda de 5,3 milhões de euros comparativamente ao mesmo indicador nos primeiros três meses de 2017. Segundo o relatório entregue pela empresa, esta quebra justifica-se, por um lado, pela existência de menos dias úteis no trimestre, o que afeta o correio, por outro, pelo facto de o aumento de preços de 2018 não se ter feito sentir ainda no primeiro trimestre, e ainda pelos maus resultados no campo dos serviços financeiros.
O relatório revelou ainda que já 58 pessoas saíram da empresa no primeiro trimestre do ano no âmbito do programa de restruturação dos CTT, que prevê a rescisão com mil trabalhadores até 2020.
Queda dos lucros é continuação de tendência
Os maus resultados do primeiro trimestre de 2018 são particularmente fracos mas representam uma continuação de uma tendência de baixos lucros que tem vindo a registar-se.
Na altura em que foram apresentados os lucros do ano de 2017, que foram 56,1% mais baixos do que os do ano anterior, Francisco Lacerda esclareceu numa conferência de imprensa que esses resultados se deviam em grande parte à queda do negócio do correio, quebra essa que seria para continuar. Também o plano de saída de trabalhadores pesou nas contas de 2017, devido ao investimento necessário.
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