Duas em cada três empresas pagam com atraso até 30 dias
Só 15% das empresas paga dentro dos prazos acordados, conclui um estudo da Informa D&B. O atraso médio de pagamento é de 26 dias.
Duas em cada três empresas pagaram com um atraso até 30 dias nos primeiros quatro meses deste ano, enquanto as empresas cumpridoras de prazos atingiram a mais baixa percentagem desde setembro de 2017, revela um estudo da Informa D&B.
A percentagem (15,2%) de empresas que pagam dentro dos prazos acordados está em queda desde setembro de 2017, conclui o estudo, adiantando que entre janeiro e abril houve uma descida de três pontos percentuais, atingindo em abril um dos valores mais baixos desde 2007.
“O atraso médio de pagamento situa-se nos 26 dias, valor semelhante ao registado nos últimos 12 meses, sendo que mais de dois terços das empresas pagam com um atraso até 30 dias”, adianta a Informa D&B, em comunicado divulgado esta terça-feira, adiantando que a percentagem de empresas que cumprem os prazos de pagamento acordados atingiu em abril “um dos valores mais reduzidos desde 2007, de forma transversal” a todos os setores e regiões.
Entre janeiro e abril, segundo o estudo, nasceram 17.002 empresas e outras organizações, mais 13,4% do que no mesmo período de 2017, um crescimento que se deve em grande parte à constituição de empresas de turismo, atividades imobiliárias, construção, alojamento e restauração, serviços e transportes.
No estudo é ainda destacado o aumento de novas empresas nos serviços de saúde (mais 139 empresas, aumento de 22,6%) e das tecnologias de informação e comunicação (153, 29,6%), e a exceção do setor da Agricultura, pecuária, pesca e caça que registou a constituição de menos 277 empresas, caindo 34,8%.
Lisboa, Porto e Setúbal representaram no estudo mais de três quartos do total do aumento de constituições: nasceram mais 909 empresas e outras organizações em Lisboa (mais 18,6%), mais 417 (mais 16,1%) no Porto e 213 (mais 20,9%) em Setúbal.
Quanto a encerramentos, o estudo contabiliza nos primeiros quatro meses do ano 4.880, mais 1,9% de encerramentos de empresas do que no período homólogo anterior, e 870 novas insolvências, quase as mesmas dos quatro primeiros meses de 2018.
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