Sindicato preocupado com trabalhadores na OPA à EDP
O Sindel, o sindicato mais representativo dos trabalhadores da EDP, pretende que continue o clima de diálogo, e teme que os investidores chineses não olhem "para os trabalhadores da mesma maneira".
O Sindel, Sindicato Nacional da Indústria e da Energia que representa muitos trabalhadores da EDP, está preocupado com o tratamento dos trabalhadores na OPA à empresa. À Rádio Renascença, a membro da direção Rosa Fernandes disse querer “continuar com as boas práticas, com a paz social”.
Após a Oferta Pública de Aquisição (OPA) da China Three Gorges, a principal acionista da energética portuguesa, a EDP reagiu em alta, ganhando 8,5% à hora de abertura da bolsa esta manhã. Para o sindicato, porém, a preocupação é se este acionista chinês, uma vez que venha a adquirir todo o capital da empresa, continuará a tradição de diálogo com os sindicatos.
“Aquilo que nos preocupa é, de facto, se o [acionista] chinês vai manter aquilo que é fundamental no caso dos trabalhadores, e se vai olhar para os trabalhadores da mesma maneira”, afirmou Rosa Fernandes. “Consideramos que a injeção de capital é importante, mas basicamente o que nos preocupa é que temos o contrato coletivo, temos matérias que negociámos e viemos sempre falando com a administração da EDP e queremos continuar com as boas práticas, com a paz social, e com aquilo que são os costumes de dialogarmos com a empresa”, explicou.
Os chineses ofereceram na sexta-feira passada 3,26 euros por ação da EDP na sua OPA, avançando também com uma oferta sobre a EDP Renováveis.
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