Trabalhadores da Autoeuropa decidem hoje adesão à greve
Esta terça-feira haverá plenário de trabalhadores da Autoeuropa para discutir o novo horário de trabalho pós-férias. Em cima da mesa está um pré-aviso de greve do setor este sábado.
Os trabalhadores da Autoeuropa vão reunir em plenário esta terça-feira para falar do novo horário de trabalho imposto “unilateralmente” pela administração da fábrica de Palmela. Em cima da mesa está ainda a decisão de aderir ou não ao pré-aviso de greve que os sindicatos afetos à CGTP entregaram no início de maio.
“Vamos ter três plenários, às 6h00, às 9h00 e às 15h30 para falar da AE 19. E mais nada”, disse ao ECO, Fausto Dionísio, o novo presidente da comissão de trabalhadores da Autoeuropa. Quer isto dizer, que os trabalhadores vão analisar as propostas da administração que sugere um novo horário com 19 turnos semanais, — ou seja, em regime de laboração contínua com trabalho ao fim de semana e trabalho noturno nos dias de semana, — que será implementado após o encerramento anual da fábrica em agosto.
Fausto Dionísio avançou ainda que “não houve reuniões com a administração desde que foi tomada a decisão unilateral” de impor este novo horário que onde o domingo passará a ser um dia de trabalho. Em contrapartida, a cada quatro semanas há a garantia de dois fins de semana completos, e ainda de uma folga semanal adicional. As duas folgas semanais serão consecutivas.
Perante o descontentamento dos trabalhadores, os sindicatos SITE-Sul e Fiequimetal, afetos à CGTP, incitam os trabalhadores a fazer uma nova greve a 9 de junho, sábado, dia da manifestação da CGTP em Lisboa. “O pré-aviso de greve não é específico da Autoeuropa”, explicou ao ECO Eduardo Florindo. O dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul sublinhou que “os trabalhadores terão a oportunidade de demonstrar o seu descontentamento pela forma como o novo horário está a ser aplicado unilateralmente”. “É isso que lhes será explicado pelos nossos dirigentes nos três plenários“, frisou.
Quanto à possibilidade de os 5.700 funcionários da Autoeuropa se juntam ao protesto, Fausto Dionísio diz apenas: “Não está nada decidido”.
O pré-aviso de greve diz respeito a “todo o setor onde muitos operários trabalham ao sábado”, diz Eduardo Florindo e já foi entregue logo após a grande manifestação da CGTP do 1 de maio.
(Notícia atualizada às 7h18)
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