DBRS prepara subida do rating à espera de redução de malparado do BCP
A agência canadiana melhorou a perspetiva do rating do BCP para "positivo". Ou seja, pode subir a notação em breve. Mas, para isso, banco tem de reduzir ainda mais o crédito malparado.
A DBRS está preparado para subir o rating do BCP, podendo tirá-lo de “lixo”. A agência canadiana melhorou a perspetiva do banco ainda liderado por Nuno Amado (falta a aprovação do Banco Central Europeu para Maya assumir o cargo) para “positivo”, na expectativa de que a instituição financeira continue a reduzir o peso do crédito malparado e o risco no seu balanço. Isto vai permitir, diz a agência, “gerar mais capital de forma orgânica”.
“A tendência positiva reflete a expectativa da DBRS de que, graças às boas condições económicas em Portugal, forte posição de franchise e melhoria da gestão de risco, o BCP vai continuar a reduzir os NPL [malparado] e o custo do risco. Este último vai traduzir-se numa maior capacidade para gerar capital organicamente”, refere a DBRS numa nota de investimento.
Para a DBRS, o BCP tem feito progressos significativos a nível da melhoria do perfil de risco e redução dos empréstimos em incumprimento nos últimos 15 meses. “A redução de NPL acelerou em 2017 e esta tendência continuou no primeiro trimestre de 2018, graças à gestão ativa do portefólio, mas também beneficiando da melhoria da economia portuguesa.”
"A tendência positiva reflete a expectativa da DBRS de que, graças às boas condições económicas em Portugal, forte posição de franchise e melhoria da gestão de risco, o BCP vai continuar a reduzir os NPL [malparado] e o custo do risco. Este último vai traduzir-se numa maior capacidade para gerar capital organicamente.”
Apesar de reconhecer os progressos feitos a nível da “limpeza” do balanço, a agência considera que este trabalho tem de continuar. E, por isso, manteve o rating em BB high (um nível abaixo do patamar de investimento), podendo subi-lo a qualquer momento a partir do momento que passa a perspetiva para “positivo“. “O rating continua a refletir o nível elevado de NPL e o rácio de NPL não provisionado, que é mais elevado em comparação com a maioria dos bancos europeus”, refere a DBRS, alertando ainda para as “almofadas de capital modestas” relativamente aos requisitos mínimos.
“O rating pode ser melhorado caso o banco continue a reduzir os NPL a um ritmo significativo e a melhorar a rentabilidade em Portugal, através de um crescimento das receitas e redução do custo de risco”, afirma a agência de notação. “O rating ficará sob pressão caso haja uma deterioração significativa da qualidade dos ativos e do capital. E a tendência pode regressar a ‘estável’ caso o banco não seja capaz de cumprir os planos de redução de NPL”, remata.
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