Número de desempregados inscritos no IEFP renova mínimo de 16 anos
O IEFP viu cair o número de desempregados inscritos nos centros de emprego na ordem dos 20,6% em julho. Existem cerca de 330,6 mil desempregados registados.
O desemprego continua a tocar mínimos. Segundo a última atualização do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), o número de desempregados voltou a recuar em julho, tendo registado uma queda homóloga de 20,6%. O mês fechou com 330,6 mil desempregados registados nos centros de emprego do IEFP, o valor mais baixo dos últimos 16 anos — isto é, desde julho de 2002.
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Os dados revelados esta terça-feira evidenciam a tendência de queda no desemprego que se regista desde janeiro deste ano. No entanto, comparando em cadeia e em valores absolutos, a queda no número de desempregados registados desacelerou em julho face ao mês anterior. A variação foi de apenas 0,5%, ou menos 1.808 desempregados, quando entre maio e junho tinha sido de 5,1%, como noticiou o ECO.
Em termos demográficos, a maioria dos desempregados registados eram mulheres (56% do total) com idade de 25 anos ou mais. Em valores absolutos, os dados mostram ainda uma queda homóloga de 30% no número de desempregados jovens (com menos de 25 anos), que representavam, em julho, apenas 9,4% do total de desempregados registados no IEFP.
Segundo o mesmo relatório, o IEFP recebeu 493,2 mil pedidos de emprego no total. Desse número 66,5% corresponderam a pessoas em situação de desemprego, enquanto 10,1% eram pessoas já empregadas, 18,4% eram cidadãos ocupados e 5,1% estavam indisponíveis temporariamente.
Os dados do IEFP vão ao encontro dos valores publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) a 8 de agosto. Segundo o organismo nacional de estatística, a taxa de desemprego em Portugal recuou para 6,7% no final do segundo trimestre, um mínimo desde 2004. Como escreveu o ECO, a tendência de queda na taxa de desemprego regista-se há dois anos.
Governo destaca “evolução sustentada” mas quer mais
Perante estes dados, o Governo destacou a redução do desemprego e a melhoria no emprego, que considera representarem uma “evolução sustentada” do mercado de trabalho. Mas é preciso “reforçar” a aposta na estratégia, ressalvou.
Reagindo aos dados divulgados esta terça-feira, o secretário de Estado do Emprego, Miguel Cabrita, salienta, em comunicado, que esta “é uma evolução sustentada e é a tradução visível de uma estratégia política”.
“Esta é uma tendência que se tem vindo a consolidar em termos da evolução da economia e do mercado de trabalho porque desde o início da legislatura foram já criados mais de 300 mil postos de trabalho em todos os setores com algum dinamismo salarial já observado”, vinca o governante, sublinhando que “o desemprego tem diminuído à custa da criação de emprego”.
Ainda assim, “enquanto houver pessoas desempregadas, vamos reforçar a nossa prioridade que demos desde o princípio ao emprego, em particular aos grupos mais expostos a esse fenómeno”, assegura Miguel Cabrita.
(Notícia atualizada às 15h05 com declarações do secretário de Estado do Emprego)
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