Banco de Portugal dá luz verde a Carlos Tavares para acumular funções no Montepio por mais quatro meses
Carlos Tavares vai continuar como CEO e chairman do banco Montepio por mais quatro meses, até janeiro do próximo ano, tendo já obtido luz verde do Banco de Portugal para o efeito.
Carlos Tavares pediu ao Banco de Portugal para acumular as funções de presidente executivo e de não-executivo da Caixa Económica Montepio Geral (CEMG) por mais quatro meses e o regulador já deu essa autorização, isto depois de ter estado em cima da mesa o nome de Álvaro Nascimento para o cargo de chairman daquele banco.
Quando tomou posse em março deste ano, Carlos Tavares passou a exercer simultaneamente os cargos de CEO e chairman do Montepio com o aval do regulador liderado por Carlos Costa, que disse logo esta solução seria apenas temporária. E até dia 21 de setembro, a passada sexta-feira, o banco ficaria de nomear um novo chairman, algo que não veio efetivamente a acontecer.
Há cerca de um mês, o Montepio chegou a enviar para o Banco de Portugal um pedido provisório de avaliação de idoneidade de Álvaro Nascimento para o cargo de presidente não executivo. Mas o nome do antigo chairman da Caixa Geral de Depósitos mereceu críticas dentro do Conselho Geral da Associação Mutualista Montepio Geral (AMMG), o acionista do banco, em face das considerações que teceu num artigo de opinião publicado no Jornal de Negócios sobre os créditos fiscais concedidos à instituição mutualista.
Naquele artigo de opinião, Álvaro Nascimento criticou a “benesse fiscal” de mais de 800 milhões de euros que permitiu à instituição mascarar a “situação insustentável” em que se encontra. Também duvidou da avaliação que foi dada ao banco no âmbito da entrada no seu capital da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e outras instituições de solidariedade social.
Com esta autorização do Banco de Portugal, comunicada pela CEMG esta sexta-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), Carlos Tavares vai manter-se CEO e chairman do banco até janeiro, isto numa altura em que se prepara para implementar o denominado Novo Plano de Transformação e que vai implicar uma mudança do nome comercial para Banco Montepio e um reforço da rede de comercial com mais uma dezena de agências low cost até final do ano.
Alguns dos pormenores do plano foram avançados esta quinta-feira após a CEMG ter apresentado uma subida de 21,1% do lucro para 15,8 milhões de euros na primeira metade do ano, com o menor registo de imparidades a ajudar.
(Notícia atualizada às 17h38)
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