Gestores querem menos carga fiscal e mudanças no IRC, segundo barómetro Kaizen

  • Lusa
  • 12 Outubro 2018

Os administradores “consideram que a redução da carga fiscal das empresas deve ser a medida prioritária do Orçamento do Estado para 2019". Ao mesmo tempo, defendem a alteração do atual código de IRC.

Os administradores e presidentes das médias e grandes empresas consideram que uma redução da carga fiscal e alterações ao código do IRC devem ser prioridades no Orçamento do Estado, segundo os resultados do barómetro Kaizen.

Assim, segundo um comunicado do Kaizen Institute, que levou a cabo um inquérito a mais de 190 gestores, estes “consideram que a redução da carga fiscal das empresas deve ser a medida prioritária do Orçamento do Estado para 2019 [OE2019]. Paralelamente, defendem a alteração do atual código de IRC como o melhor instrumento para a promoção da competitividade nacional e internacional”.

A multinacional detalhou ainda que 46% dos gestores consideram que a medida mais importante do OE2019 é a redução da carga fiscal, “seguindo-se o reforço do investimento em saúde, educação e transportes públicos (28%), e a redução de impostos para os consumidores (20%)”, referiu o instituto.

66% [dos inquiridos] considera também que, do ponto de vista da política fiscal, o melhor instrumento para a promoção da competitividade nacional e internacional é a alteração do atual código de IRC, já que se trata de um potencial obstáculo ao IDE [Investimento Direto Estrangeiro], afetando as decisões de investidores estrangeiros”, salientou o Kaizen.

Os gestores foram também questionados sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), sendo que 56% dos inquiridos “acredita que as previsões do Banco de Portugal entre este ano e 2020 vão ser cumpridas”, referiu o Kaizen.

No que diz respeito a ameaças à economia nacional, os gestores destacaram “os fatores externos (34%), a redução lenta da dívida pública (26%) e o aumento do endividamento das famílias (15%)”, adiantou o comunicado.

Entre os gestores que participaram no barómetro, metade não pensa expandir as operações dos seus negócios para outros mercados. Mas, num prazo a três anos, “destacam-se as perspetivas de crescimento das empresas até dez por cento (46%) e entre dez e 25 por cento (38%)”, segundo o Kaizen.

O mesmo relatório referiu que houve uma ligeira queda na confiança dos administradores das sociedades, “tendo o grau de confiança na economia nacional descido para os 12,8 valores, comparativamente com os 13,2 de fevereiro de 2018”.

As organizações geridas pelos administradores inquiridos consideram ainda que a melhor forma de reter os quadros mais qualificados “passa por apresentar perspetivas de carreira com pacotes de incentivos e evolução salarial (47%)”, lê-se no comunicado.

Os administradores foram ainda questionados sobre assuntos da atualidade, sendo que 73% defende “a continuidade de Joana Marques Vidal no cargo de Procuradora-Geral da República” e concorda que, no que diz respeito aos objetivos de “descarbonização em Portugal, deve ser reforçada a aposta em transportes públicos de qualidade e de ampla cobertura (42%)”.

O barómetro económico Kaizen resulta de um inquérito realizado a mais de 190 administradores e presidentes executivos de médias e grandes empresas, públicas e privadas, que operam em Portugal. Estas sociedades representam mais de 30% do PIB em setores como a indústria, serviços, saúde, logística e retalho.

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