Contas da Meo estabilizam no trimestre. Receitas com queda marginal para 525 milhões
As receitas da Altice Portugal ainda caem, mas caem menos. A empresa fala em trimestre de "inflexão", depois de ver as receitas recuarem apenas 0,3% para 525 milhões de euros no terceiro trimestre.
As receitas da Altice Portugal no terceiro trimestre recuaram para 525 milhões de euros, uma queda de 0,3% em termos homólogos. No entanto, a empresa garante que este foi o trimestre da “inflexão”, um período no qual viu as receitas melhorarem em cadeia, com uma subida de 1,8% face ao segundo trimestre.
A estabilização das contas é explicada com o aumento da receita média por cada novo cliente e a estabilização deste indicador nos clientes já existentes. Com a expansão da rede de fibra, muitos dos atuais clientes deixaram o satélite e o cabo e optaram pela fibra ótica. Tendo em conta a maior oferta de serviços e velocidades mais rápidas de internet, os clientes tendem a gastar mais.
“A Altice Portugal continuou a beneficiar do acelerado investimento na expansão da cobertura de fibra ótica no país, tendo adicionado à sua base de clientes de 44 mil clientes em fibra, o que representa um crescimento de 25% face ao mesmo período de 2017. Do total de clientes em fibra, cerca de 53% são servidos por ofertas convergentes, traduzindo-se num aumento da base de clientes de maior valor”, reconhece a Altice Portugal num comunicado.
“Também no negócio móvel, a performance foi claramente positiva. No terceiro trimestre de 2018, as adições líquidas nos tarifários pós-pagos foram de 37 mil, não abrandando em comparação com o trimestre anterior, e 2,4 vezes mais que no trimestre homólogo de 2017”, refere a Altice Portugal. Já no negócio fixo, a “base de clientes únicos” voltou a crescer, com a empresa a registar uma adição líquida de 8.000 clientes. “Em igual trimestre do ano anterior, a Meo tinha registado uma perda de 11 mil clientes”, recorda a empresa.
Em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da Altice Portugal caiu 5,2% face ao trimestre homólogo, para 226 milhões de euros, tendo já em conta os novos critérios de IFRS, que entraram em vigor no início deste ano. O indicador melhorou 1,8% em cadeia.
No que toca ao investimento, a empresa registou um capex de 92 milhões de euros no terceiro trimestre deste ano, em linha com o trimestre homólogo. A maioria do investimento foi aplicado na expansão da rede de fibra ótica, com a empresa liderada por Alexandre Fonseca a dar conta de um investimento total de 303 milhões de euros até setembro deste ano.
Receitas do grupo recuam 6%. Dívida cai
Ao nível internacional, as receitas do grupo Altice recuaram 6,3%, para 3,44 mil milhões de euros. O EBITDA ajustado da empresa caiu 10,6%, para quase 1,3 mil milhões de euros. No entanto, a empresa garante que a maior captação de clientes em França e em Portugal vão “contribuir para um melhor desempenho financeiro em 2019”, indica a empresa liderada a nível internacional pelo francês Alain Weill.
Em relação à dívida da Altice Europe, a empresa reduziu o passivo de 31,85 mil milhões de euros para 29,99 mil milhões de euros em setembro. “A redução da dívida continua a ser a nossa principal prioridade”, afirmou Dennis Okhuijsen, ex-administrador financeiro da Altice Europe e atual senior advisor do grupo, numa conferência telefónica com analistas esta quarta-feira. A maior parte da dívida do grupo vence em 2026.
(Notícia atualizada pela última vez às 18h05)
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