Robôs estão aí. Já são 7% dos trabalhadores nas empresas europeias
Pequenas, médias e grandes empresas da União Europeia já aderiram à tecnologia automotiva. Empresas espanholas estão na linha da frente.
A adoção da automação pelas empresas é já uma realidade um pouco por toda a União Europeia. Cerca de 7% de todas as empresas que empregam pelo menos dez pessoas, no bloco europeu, utilizam robôs industriais ou de serviço.
Os avanços tecnológicos são sentidos de uma forma transversal por todas as empresas, desde as mais pequenas às de maior dimensão. No entanto, e se retirarmos da média as pequenas e médias empresas, são as que empregam mais de 250 trabalhadores — consideradas grandes empresas — que se alinham à frente. Uma em cada quatro dessas entidades adotaram a tecnologia que permite substituir trabalhadores, casos como seguradoras ou fabricantes de automóveis que têm em vista automatizar os processos e apostar em robôs para colocar nas suas linhas de montagem mais velocidade de desempenho e, com isso, aumentar a performance do fabrico e, por consequência, os lucros.
No entanto, nos números disponibilizados pelo Eurostat, é possível verificar também a adesão à automação para além dos grandes grupos empresariais. 12% das empresas médias, que empregam entre 50 a 249 trabalhadores, usam robôs e também, apesar do valor mais residual, 5% das pequenas empresas já implementam a tecnologia automotiva.
São os robôs industriais os mais utilizados pelas empresas europeias enquanto que, em segundo plano, estão os robôs de serviço, apesar de as empresas os utilizarem para um número diverso de atividades como o sistema de gestão de armazéns, transporte de pessoas e mercadorias, limpeza e montagem de peças.
Entre os estados-membros da União Europeia, é na vizinha Espanha que existem atualmente um maior número de empresas a adotarem a automação. Cerca de 11% das empresas espanholas usam a tecnologia para atividades como o transporte de pessoas e mercadorias ou para tarefas de limpeza de resíduos.
Nos três primeiros lugares, posicionam-se ainda o conjunto de empresas dinamarquesas e finlandesas, nas quais 10% das entidades patronais substituíram já trabalhadores. Em posição contrária, está o Chipre, onde apenas 1% das empresas aderiram a esta tecnologia.
De lembrar que, ainda na semana passada, um estudo divulgado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP) deu conta de que a adoção da automação entre as empresas portuguesas pode ter como consequência a perda de cerca de 1,1 milhões de empregos na indústria e comércio até 2030. Em contrapartida, abre-se a oportunidade de abrirem outros postos de trabalho em áreas como as da saúde, assistência social, ciência, profissões técnicas e construção.
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