Coletes amarelos franceses querem assento no Parlamento Europeu
Começaram nas redes sociais e querem agora conquistar um lugar no Parlamento Europeu. Os coletes amarelos franceses já apresentaram uma lista para concorrer às eleições de maio.
O movimento contestatário francês dos ‘coletes amarelos’ apresentou, na quarta-feira, uma lista para concorrer às eleições de maio para o Parlamento Europeu (PE) liderada por Ingrid Levavasseur, uma auxiliar de enfermagem de 31 anos.
A lista intitula-se Reunião de Iniciativa Cidadã, cujas iniciais, RIC, coincidem com as de uma das principais exigências políticas do movimento de contestação, um referendo de iniciativa cidadã. “O movimento social nascido no nosso país a 17 de novembro reflete a necessidade de transformar a raiva num projeto político humano”, afirma Levavasseur num comunicado.
O texto explica que a lista tem como objetivo dar “respostas aos franceses que apoiam” os ‘coletes amarelos’ e os eurodeputados que eleger terão como principal missão servir de “porta-vozes dos cidadãos, que serão consultados ao longo de todo o seu mandato”.
Com esse vínculo ao PE, os cidadãos passarão a ser “atores da nova construção europeia”. “Queremos deixar de sofrer as decisões das instâncias europeias e os ‘diktats’ das castas de financeiros e tecnocratas que se esqueceram do principal: o humano, a solidariedade, o planeta”, lê-se.
Os primeiros dez candidatos na lista têm idades entre os 29 e os 53 anos e entre eles figuram uma doméstica, um vendedor, um contabilista, um jurista e um conselheiro municipal. O designado movimento dos ‘coletes amarelos’ surgiu em França, onde desde 17 de novembro milhares de pessoas se têm manifestado todos os sábados envergando coletes refletores de segurança rodoviária.
Algumas dessas manifestações degeneraram em violência, com automóveis e contentores de lixo incendiados e confrontos com as forças policiais, que fizeram pelo menos dez mortos e centenas de feridos.
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