PwC validou conclusões da auditoria da EY à Caixa
Depois da auditoria da EY à gestão da CGD, o banco público encomendou uma avaliação de qualidade à PwC. E os resultados validaram as conclusões finais.
A auditoria da EY à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no período de 2000 a 2015 foi também, ela própria, alvo de uma avaliação de qualidade, encomendada pelo próprio banco público, liderado por Paulo Macedo. E, segundo apurou o ECO junto de fontes que conhecem o dossiê, os resultados foram positivos: a PwC validou a metodologia da EY e os resultados apurados no relatório final entregue no final de junho de 2018.
O relatório que foi divulgado há dias pela comentadora Joana Amaral Dias na CMTV — e a que o ECO também teve acesso –, revelava um volume de imparidades de 1.200 milhões de euros no final de 2015, mas é preliminar e a EY já veio dizer que só se responsabiliza pelo relatório final, que ainda não é conhecido.
Nesse comentário oficial, esclareceu ainda que o relatório final foi emitido no dia 27 de junho de 2018. “À exceção do relatório final, todos os demais documentos produzidos pela EY respeitantes à referida AIAG [auditoria] não devem ser considerados, por configurarem documentos de trabalho, terem áreas em aberto, estarem em atualização permanente, e por possuírem informação parcial, provisória, não verificada ou em validação”, sustentou a auditora.
A própria administração da CGD, questionada pela comissão parlamentar de economia, esclareceu que o relatório final é diferente daquele que é agora conhecido, mas não acrescentou mais informação. O que o ECO apurou é que a PwC testou a metodologia seguida pela auditora e chegou às mesmas conclusões.
Oficialmente, a PwC não faz quaisquer comentários, mas o ECO sabe que este tipo de procedimento é considerado normal no mercado em determinados trabalhos de auditoria, seja pela sua dimensão ou relevância, seja pela sua complexidade. A auditoria à CGD preenche todos os requisitos. A PwC validou a metodologia usada pela EY e, depois, testou-a uma amostra de créditos identificados para verificar os resultados. E terão sido coerentes com os resultados apurados no referido relatório final, ainda por divulgar e que foi enviado para o Ministério Público.
De acordo com o relatório preliminar, recorde-se, a CGD reconheceu perdas de quase 1.200 milhões de euros num conjunto de 46 financiamentos, concedidos entre 2000 e 2015, nos quais não foram cumpridas as normas de concessão de crédito. Ao longo destes anos, as sucessivas administrações do banco público ignoraram os pareceres dos órgãos competentes ou aprovaram operações que não apresentavam garantias suficientes, concretizando negócios que vieram a revelar-se de risco “considerado elevado ou grave”.
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