May culpa Parlamento e espera que agora aprove Acordo de Saída
Após pedir a Bruxelas o adiamento do Brexit, a primeira-ministra britânica disse esperar agora que os deputados britânicos o apoiem o acordo, "sob pena de causarem danos irreparáveis ao país".
A primeira-ministra britânica acusou esta quarta-feira o Parlamento de “tudo ter feito para evitar tomar uma decisão” sobre o acordo do Brexit, mas disse esperar agora que “os deputados britânicos o apoiem, sob pena de causarem danos irreparáveis ao país”.
“Até agora, o Parlamento tudo tem feito para evitar tomar uma decisão [sobre o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia negociado com Bruxelas], propondo moção atrás de moção, emenda atrás de emenda”, sustentou Theresa May, numa mensagem televisiva ao país, a partir da sua residência oficial em Londres, o número 10 de Downing Street.
May indicou que pediu hoje formalmente ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, um adiamento da data do Brexit de 29 de março para 30 de junho e que Tusk lhe respondeu que a aprovação da nova data, que deverá obter a unanimidade dos Vinte e Sete Estados-membros da UE, só acontecerá se a Câmara dos Comuns aprovar o acordo de saída negociado entre Londres e Bruxelas e que os deputados britânicos já chumbaram duas vezes, em janeiro e março.
“Espero ardentemente que os membros do Parlamento apoiem o acordo”, disse a primeira-ministra, o que significa que pretende submeter aquele documento a uma terceira votação na Câmara dos Comuns, embora o presidente daquele órgão, John Bercow, tenha dito que tal só seria possível caso se o texto sofresse uma alteração substancial.
Sobre a nova data de saída pedida, Theresa May explicou que, embora pudesse ter pedido um adiamento mais longo, até ao fim do ano, por exemplo, achou que não devia fazê-lo.
“Tenho a certeza de que o povo britânico já suportou o suficiente (…) Não estou preparada para adiar o Brexit para além de 30 de junho”, declarou.
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