Bird partilha mais 250 trotinetas elétricas em Lisboa

A startup californiana Bird vai entrar no mercado lisboeta a partir de abril. Começa com mais 250 trotinetas elétricas nas ruas da capital, com o mesmo preço das sete outras concorrentes.

A Bird vai começar a operar em Lisboa a partir do dia 1 de abril.Hugo Amaral/ECO

A Bird vai partilhar em Lisboa mais 250 trotinetas elétricas, numa altura em que já existem cerca de 5.000 destes veículos nas ruas da capital. A entrada da startup norte-americana no mercado português já era esperada, na medida em que a Bird é a principal rival da Lime nos EUA, que explora a maioria das trotinetas de Lisboa. O custo é de um euro pelo desbloqueio e 15 cêntimos por minuto de utilização, o mesmo tarifário praticado pelas concorrentes.

“A Bird, empresa de partilha de trotinetas elétricas, será lançada em Lisboa no próximo dia 1 de abril de 2019 para ajudar a cidade a atingir a sua meta de reduzir o congestionamento de tráfego e as emissões de carbono”, indica a empresa num comunicado. As trotinetas estarão disponíveis entre as 7h00 e as 21h00, para cidadãos com mais de 18 anos de idade.

A startup — fundada na Califórnia em 2017 — vai apostar num modelo de trotineta próprio (a Bird Zero) e promete crescer “de forma cuidada”, juntando “mais trotinetas à frota” apenas quando registar um aumento da procura.

“Se a autarquia [de Lisboa] nos disser que num determinado dia há uma maratona, vamos reduzir a oferta, para não perturbar”, prometeu Yenia Zaba, diretora de comunicação da Bird no mercado europeu, num evento de apresentação esta quinta-feira, na Lx Factory. A empresa, que já tem licença da autarquia para operar, garante ainda que vai operar em coordenação estreita com a Câmara Municipal de Lisboa.

A empresa vai ainda contar com equipas que são pagas para carregar as baterias das trotinetas, e uma comunidade de Bird Watchers, que poderão denunciar a existência de trotinetas mal estacionadas. É a forma encontrada pela empresa para tentar evitar potenciais multas das autoridades, que já anunciaram que vão reforçar a fiscalização ao estacionamento das trotinetas, tal como fazem com os automóveis.

A título de curiosidade, segundo cálculos de um jornalista da Quartz, com base noutros mercados, uma trotineta da Bird tem um tempo médio de vida útil de 23 dias. Neste período, é usada 70 vezes e percorre pouco mais de 137 quilómetros. Em conversa com o ECO, uma responsável da Bird não comentou estes dados, mas reconheceu que o vandalismo das trotinetas é um dos riscos associados ao negócio.

A partir de abril, a Bird torna-se, assim, a oitava empresa de trotinetas elétricas a operar em Lisboa, sendo que o fenómeno já se espalhou por outras cidades, tal como Faro e Coimbra. No mercado estão ainda presentes a Lime (líder de mercado), Hive, Voi, Tier, Wind, Bungo e Flash.

Segundo dados recentes avançados pelo vereador da Mobilidade, Miguel Gaspar, existem cerca de 5.000 trotinetas elétricas nas ruas da capital, sendo registadas, em média, 10.000 viagens por dia. Ou seja, em média, cada uma das 5.000 trotinetas em Lisboa é usada duas vezes por dia.

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