Village Underground faz cinco anos. E quebra um muro em Lisboa

Para celebrar o quinto aniversário do projeto, o Village Underground "quebra um muro" e inaugura novo portão de entrada na Avenida da Índia.

“Derruba-se o muro, ergue-se um mundo”. Cinco anos e dezenas de histórias para contar depois, o Village Underground, projeto de coworking para as indústrias criativas criado por Mariana Duarte Silva quebra um muro na comemoração do seu quinto aniversário. A metáfora reflete-se numa nova entrada para o espaço, que passa a ser feita pela Avenida da Índia. A nova entrada no espaço vai ter o nome de João Vasconcelos, em homenagem ao antigo secretário de Estado, que morreu no final de março e que foi um dos grandes entusiastas do projeto desde o início.

O projeto, que conta com 14 contentores marítimos e dois autocarros da Carris, tem sido uma das marcas da cidade de Lisboa como capital criativa e global. “O local tem servido de ponto de encontro pessoas com novas ideias ligadas às indústrias criativas, entre músicos, designers, produtores, artistas estrangeiros e portugueses e, além do espaço de coworking, recentemente considerado o 10.º melhor da Europa numa lista de 50 pela Big 7 Media, serve de casa atual a mais de 15 artistas de street art em exposição, em murais e fachadas de contentores que vão sendo pintados e repintados.

“Até agora a entrada era feita pela Rua Primeiro de Maio, o que limitava bastante os acessos e fazia dele um sítio que se via da rua, mas onde dificilmente se chegava a entrar”, explica o Village Underground em comunicado. À inauguração, marcada para 11 de maio às 15 horas, seguir-se-á uma festa durante 18 horas de música e com a participação de dezenas de artistas das mais diferentes áreas.

“A música será o prato principal das 12h00 às 06h00 com atuações de DJs e revelações de novos talentos ao vivo como é o caso das cantoras Fábia Maia ou Amaura. Neste dia no VULX pode ouvir-se R&B, funk, música ligeira, hip hop ou tecno, apreciar-se um momento de poesia, ver as novas pinturas de street art, almoçar, lanchar e jantar no recinto, ou mesmo fazer aquela tatuagem que ficou na cabeça durante o último ano. Os aniversários do VULX simbolizam tudo o que pode acontecer naquele espaço e isso quer dizer, essencialmente, música, arte, mas também surpresa, convívio e liberdade”, acrescenta o comunicado.

Village Underground comemora cinco anos.

Partir o muro

“Numa nova cidade (…) abatam-se os muros. Abaixo as barreiras, os medos e o não”. Para contar a história da “nova entrada”, o Village convidou vários nomes ligados ao projeto para “partir o muro”. Assim, no vídeo de comemoração dos cinco anos de vida, os músicos Kalaf, Carlão, Karlon, Da Chick, DJ Glue, Marinho e artistas como Kruella D´Enfer são alguns dos que contribuem para a “queda do muro”. A produção é da BomBom e conta com criatividade da dupla Vasco Thomaz e Ivo Purvis, da Partners, e com copy de João Moura.

“Foi desenvolvida uma ideia sob o mote de quebrar muros, de limites a serem transpostos, barreiras a serem quebradas e superadas, numa estética impactante pelo estado bruto e pela humanidade do filme. Uma metáfora à luta constante que a cultura e os agentes culturais travam todos os dias, para se libertarem e criarem, sem constrangimentos, num ambiente que apela à diversidade e criatividade no seu estado mais puro”, explica o comunicado.

 

 

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