Cristas acusa PS e António Costa de quererem “atacar” CDS por “medo” da sua força

  • Lusa
  • 11 Maio 2019

"Quiseram atacar-nos. Quiseram atacar-nos, mas hoje estamos aqui todos juntos para dizer a todo o país que o CDS está bem vivo, está forte e unido para o combate", disse a líder do CDS sobre o PS.

A líder do CDS-PP disse esta sexta-feira que o PS e o primeiro-ministro “quiseram atacar” o partido por “medo”, justificando com os números do aumento do desemprego e abrandamento da economia, mas garantiu que os centristas estão “vivos e fortes”.

“Quiseram atacar-nos. Quiseram atacar-nos, mas hoje estamos aqui todos juntos para dizer a todo o país que o CDS está bem vivo, está forte e unido para o combate“, afirmou Assunção Cristas, em Vila Nova de Famalicão, num jantar que marcou o arranque para as eleições europeias de dia 26. Para a líder centrista, “os sinais estão aí e, lamentavelmente, não são bons, mostram que a receita dita milagrosa começa a mostrar a realidade”.

“Esta é, porventura, a grande razão para António Costa querer eleições antecipadas. Tem medo. Tem medo. Mas nós, pelo contrário, não temos qualquer medo”, disse. “É altura de dizer basta e é agora, já nestas eleições, não vamos esperar por outubro. Vamos dizer basta de uma governação falhada na saúde, nos fundos comunitários, nos elevadíssimos impostos, naquilo que tem sido palavra permanente incumprida por parte do primeiro-ministro”, salientou.

Lembrando que “o próprio primeiro-ministro disse que estas eleições eram as primárias das legislativas”, Assunção Cristas continuou: “Estas eleições são, sim, a primeira volta das eleições de outubro e, portanto, quem está cansado do falhanço desta legislação tem agora a oportunidade para dizer basta a António Costa”.

A democrata-cristã acusou ainda o PS de querer fazer teatro: “Nós não nos transvestimos, nós somos exatamente os mesmos que salvaram o país da bancarrota”, garantiu. “O PS quer agora fazer teatro e o teatro de um partido reciclado de contas boas que não tem nada a ver com o passado de José Sócrates, mas a mentira tem perna curta e o primeiro-ministro sabe bem que a verdade está a vir ao de cima e, antes que seja tarde de mais para disfarçar, ele quis provocar eleições”, referiu, lembrando a ameaça de Costa se demitir se o diploma que repunha o tempo total ao professores fosse aprovado.

Segundo Cristas, o CDS-PP “foi o alvo” do PS e do primeiro-ministro: “Porque António Costa tem medo da força que o CDS tem vindo a ganhar por todo o país, por saber que, ao contrário de outros, CDS não é o partido de alternância, mas a verdadeira alternativa”, reforçou. Sobre as europeias, expressou preocupação com a abstenção, que considera ser a “maior batalha”. “Da nossa parte estamos animados, preparados, temos um caminho muito entusiasmante pela frente e sabemos que o vamos fazer com a alegria, a força da nossa casa”, finalizou.

Nuno Melo acusa PS de “absoluta delinquência bancária”

O cabeça-de-lista do CDS-PP às eleições europeias acusou na sexta-feira o PS de “absoluta delinquência bancária”, dando como exemplo a dívida de Joe Berardo à Caixa Geral de Depósitos (CGD). Em Vila Nova de Famalicão, de onde é natural, no jantar de arranque da campanha para as eleições europeias, Nuno Melo questionou o empréstimo de 350 milhões de euros feito por aquele banco público a uma “fundação que é privada”, indicando ainda outros exemplos da má gestão socialista da banca.

“A culpa será certamente da CGD, mas é também da absoluta delinquência bancária que, durante anos, com os socialistas a mandar se transformou a gestão [bancária] no pior que já se viu na Europa em tragédias que se chamaram BPP, BPN, Caixa Geral”, declarou eurodeputado.

Nuno Melo questionou também “como é que a CGD pôde emprestar 350 milhões de euros, como fez em 2006, quando o Dr. António Costa estava no Governo presidido pelo engenheiro Sócrates, a uma fundação que é privada e de cariz educativo para comprar ações do BCP“.

O “número um” da lista centrista para as europeias deixou ainda outras questões relacionadas com o banco público e a sua relação com o empresário Joe Berardo, que foi na sexta-feira ouvido na comissão parlamentar de inquérito à gestão e recapitalização da CGD, em Lisboa. “Eu gostava que alguém me explicasse neste país como é se reestruturou a dívida do senhor Joe Berardo contra os pareceres de risco do próprio banco público”, pediu.

Nuno Melo perguntou ainda como é que “administradores do banco, nomeadamente Armando Vara e Santos Ferreira, nomeados por um Governo que era de José Sócrates (…), conseguiram ser nomeados para o conselho de administração do BCP cujas ações foram compradas” por Joe Berardo. Quanto às eleições europeias, Nuno Melo deixou uma garantia: “O CDS é nesta campanha um exercício de decência, para começar, e decência implica não dizer uma coisa e fazer outra”.

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