“PS quer maioria e tornou-se desorientado nas negociações”, diz Catarina Martins

  • ECO
  • 30 Junho 2019

Catarina Martins reconhece alguma "desorientação" nos socialistas e considera que tal atitude do PS se tem ficado a dever a um "enorme desejo de uma maioria absoluta" na ida às urnas de outubro.

Catarina Martins considera que o partido socialista está a viver um período “de alguma desorientação”, o que se tem refletido nos múltiplos casos de desacordo com os parceiros de esquerda e poderá estar ligado, diz, ao “enorme desejo de uma maioria absoluta”. Em entrevista à TSF, a bloquista sublinha, ainda assim, que esta legislatura teve avanços “significativos” e “mudou em muito a forma como é pensada a política hoje em Portugal”.

O PS quer muito uma maioria absoluta e, com isso, tornou-se desorientado na forma como negoceia os vários dossiers. Não é um problema de agora, é um problema que nós já vimos detetando há algum tempo e temos vindo a falar disso”, frisa Catarina Martins, referindo que tal “desorientação” ficou espelhado na proposta de revisão da Lei Laboral apresentada pelo Governo, bem como no último Orçamento do Estado e, mais recentemente, na Lei de Bases da Saúde.

Questionada sobre se uma maioria absoluta do PS passaria necessariamente por um afastamento da esquerda, a bloquista reforça que os socialistas têm apelado a tal resultado eleitoral com um “discurso de autossuficiência e de negociação à direita”.

Mas há ou não uma nova geringonça no horizonte? “Não podemos repetir o que aconteceu, no sentido em que já foi”, deixa claro Catarina Martins, defendendo que, em outubro, “há programas que vão a votos e a força que os programas tiverem vai determinar as maiores que se constituem”. E acrescenta: “Eu acho é que a democracia deixou de ficar refém da alternância e do voto útil entre PS e PSD”.

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