Bancos cortam 2.700 milhões no crédito malparado
No primeiro semestre, os bancos voltaram a encolher as carteiras de créditos tóxicos e, até ao final do ano, poderão cortar em 5.150 milhões de euros.
Os bancos venderam quase 2.700 milhões de euros de crédito malparado no primeiro semestre, mas poderão vender mais do dobro até ao final do ano. De acordo com o Diário de Notícias, as instituições reduziram o peso de créditos tóxicos para 4% a 7,3%, com o Novo Banco a destacar-se com um rácio de malparado de 21%.
Os 2.700 milhões de euros vendidos em malparado incluem vendas, recuperações e abatimentos ao ativo (write-offs), e abrangem a Caixa Geral de Depósitos (CGD), Novo Banco, BCP, BPI, Santander e o Montepio, que vendeu uma carteira de 321 milhões de euros já neste ano.
Até ao final de junho, cinco dos maiores bancos do mercado nacional tinham 17.500 milhões de euros em créditos não produtivos, menos 2.380 milhões de euros do que no final de 2018, diz o DN. Face à carteira de crédito total, os bancos reduziram o peso do malparado para entre 4% a 7,3%, com o Novo Banco a destacar-se com um rácio de 21%.
Mas este valor poderá mais do que duplicar até ao final do ano. O Novo Banco já anunciou que acordou a venda de quase 800 milhões de euros de crédito malparado. A CGD prevê vender mais 800 milhões de euros de malparado, provavelmente até ao final de setembro. O BPI também anunciou que vai alienar créditos tóxicos no valor de 200 milhões de euros até ao final do ano.
Feitas as contas, os bancos poderão vender em 2019 cerca de de 5150 milhões de euros em créditos tóxicos, face aos 5.719 milhões vendidos no ano passado.
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