PSD diz que está contra “exercícios desproporcionados de autoridade” na greve dos motoristas antes das eleições

Partido de Rui Rio lança "farpas" à forma como o Governo está a gerir a crise energética. Diz que conjuntura pré-eleitoral "não pode ser aproveitada para exercícios desproporcionados de autoridade".

O PSD reagiu aos mais recentes desenvolvimentos em torno da greve dos motoristas de matérias perigosas. Em comunicado, o partido liderado por Rui Rio diz acompanhar com “a maior apreensão” o conflito que opõe as diferentes partes, colocando-se do lado do Governo na decisão de servir de mediador, mas lança “farpas” à forma como o está a fazer. Lembra que a atual conjuntura política pré-eleitoral “não pode ser aproveitada para exercícios desproporcionados de autoridade”.

“O Partido Social Democrata tem vindo a acompanhar com a maior apreensão o conflito que opõe os empresários de transportes rodoviários de mercadorias aos sindicatos dos trabalhadores, em torno de um acordo laboral que traga estabilidade e a paz social ao setor”, começa por dizer o comunicado assinado por David Justino, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD.

A perspetiva de uma greve por tempo indeterminado merece para o partido, “as maiores reservas quanto à sua oportunidade e real contributo para a resolução do diferendo que entretanto se agudizou”, acrescentando que “não são só os interesses das partes envolvidas que poderão ser afetados” — “são os interesses do país e dos portugueses que estão seriamente ameaçados”.

Neste sentido, o PSD diz que “secunda a iniciativa do Governo em mediar o conflito e em garantir o funcionamento dos serviços indispensáveis, mas não sem criticar também a forma como este processo está a ser conduzido pelo Executivo liderado por António Costa.

O partido de Rui Rio diz que “estranha a forma excessiva como [o Governo] se tem exposto perante a opinião pública no anúncio de medidas coercivas e de salvaguarda” do funcionamento dos serviços em causa.

Recomenda assim “mais recato” ao Executivo no sentido de se constituir “como mediador isento” no diferendo que persiste como forma de “ter sucesso no processo de mediação entre as partes” e de “encontrar uma saída para esta crise”. E lembra ainda o Governo de António Costa que “a atual conjuntura política pré-eleitoral não pode ser aproveitada para exercícios desproporcionados de autoridade“.

O PSD mostra-se ainda disponível para “partilhar com as restantes forças parlamentares iniciativas que contribuam para encontrar novos enquadramentos normativos destes problemas”, mas que “não o fará debaixo da pressão dos acontecimentos e das notícias”. “Mudar a legislação ao sabor dos acontecimentos não é prática que se recomende“, conclui.

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