Revista de imprensa internacional
No entender de Pequim, o maior obstáculo a um acordo comercial EUA-China é a inconstância de Trump. Avianca nega estar em risco de falência e Philip Morris e Altria analisam fusão de 180 mil milhões.
A instabilidade de Donald Trump tornou-se no maior obstáculo para que Pequim e Washington cheguem a um acordo comercial, já que as autoridades chinesas deixaram de confiar no presidente norte-americano que tem dito tudo e o seu contrário. Mas a instabilidade não está só em Trump, já que também a Avianca parece estar em situação financeira muito pouco estável, posição similar à que os investidores temem que venha a acontecer à Philip Morris e Altria caso concretizem a fusão que estão a analisar.
Para compensar toda a instabilidade causada nos Estados Unidos, a Purdue Pharma ofereceu-se para pagar 10 a 12 mil milhões de dólares para evitar milhares de ações judiciais à conta de ter incentivado uma crise de opiáceos no país e, no meio disto tudo, o preço do ouro continua numa subida estável, mesmo que tal esteja a provocar a explosão de explorações ilegais de ouro e esquemas cada vez mais sofisticados de ‘lavagem’.
Bloomberg
Instabilidade de Trump leva China a preparar-se para o pior
Depois de mais uma sequência de sinais contraditórios vindos de Washington, Pequim aponta a instabilidade de Donald Trump como o maior obstáculo a um acordo comercial com os Estados Unidos. Segundo a Bloomberg, as autoridades chinesas não conseguem confiar numa personagem tão instável quanto o presidente dos EUA, até porque admitem que Trump possa aceitar um acordo até às eleições apenas para o rasgar pouco depois. E de Pequim lembra-se (mais) um detalhe: Apesar do presidente norte-americano ter dito que Washington foi contactada por Pequim para reiniciar conversações, já que a China estava “a sofrer com as taxas”, ninguém do Governo ou da diplomacia chinesa confirmou tal contacto.
Leia a notícia completa na Bloomberg (acesso condicionado, conteúdo em inglês).
El País
Avianca nega estar falida depois de CEO o afirmar em encontro de quadros
A Avianca Holdings negou estar falida na sequência da divulgação de um ficheiro áudio onde se ouve o presidente da empresa, Roberto Kriete, a assumir isso mesmo numa reunião com quadros da Avianca realizada em El Salvador. Sem negar a reunião propriamente dita, fonte oficial da empresa apontou que a gravação foi obtida “de forma ilegal” e publicada fora de contexto. “A Avianca não está em processo de quebra ou insolvência regido por Lei e não solicitou qualquer processo de natureza similar em jurisdição nenhuma”, apontou a companhia aérea. No áudio divulgado, Krieto é ouvido a dizer aos quadros da companhia que “não está a pagar a credores, nem leasings de aviões, nem a bancos” por estar “num processo de renegociar e reestruturar todas as dívidas para ganhar tempo”.
Leia a notícia completa no El País (acesso aberto, conteúdo em castelhano).
Philip Morris e Altria estudam fusão de 180 mil milhões. Mercados desconfiam
A Altria e a Philip Morris confirmaram estar em conversações para avançarem para uma potencial fusão entre iguais. Todavia, alertam, “não se pode garantir que se chegará a um acordo ou transação na sequência destas negociações”. A confirmar-se, esta operação significaria um recuo na separação decidida pelas empresas em 2008, quando a Altria ficou com as atividades internacionais da Philip Morris, e criaria um gigante de 180 mil milhões de euros de capitalização bolsista e uma faturação de 55 mil milhões de euros. Quem não reagiu bem à confirmação das negociações foram os investidores, com as duas empresas a desvalorizarem 13 mil milhões em bolsa assim que oficializaram a estratégia em curso. Os mercados consideram que as exigências regulatórias de uma fusão desta dimensão serão maiores que os ganhos da mesma.
Leia a notícia completa no El País (acesso aberto, conteúdo em castelhano) e no Financial Times (acesso pago, conteúdo em inglês).
Reuters
Selos falsos ajudam a ‘lavar’ ouro ilegal
Nos últimos três anos foram identificados 50 milhões de dólares em barras de ouro com o selo de garantia falsificado, a forma encontrada pelos principais criminosos, do narcotráfico ao colarinho branco, para conseguirem ‘lavar’ os seus ganhos e colocarem-nos no circuito financeiro mundial. As barras falsificadas encontravam-se na altura nos cofres da JPMorgan Chase, tendo já sido transacionadas como se de barras perfeitamente legítimas se tratassem. Os selos das principais refinarias produtoras de barras de ouro estão a ser alvo de cada vez mais (e melhores) falsificações e servem para legalizar o ouro oriundo de escavações ilegais e não controladas.
Leia a notícia completa na Reuters (acesso aberto, conteúdo em inglês).
The Guardian
Farmacêutica oferece 12 mil milhões de dólares para resolver acusações sobre crise dos opiáceos
O grupo Purdue Pharma e membros da família Sackler, donos da empresa que produz o analgésico Oxicodona, ofereceu-se para fechar mais de duas mil ações judiciais nos Estados Unidos, oferecendo “em troca” um valor entre os 10 e os 12 mil milhões de dólares. A empresa está acusada de incentivar uma crise de opiáceos no país que causou a morte de mais de 400 mil pessoas nos últimos 20 anos. Uma informação que surge um dia depois de conhecida a multa de 572 milhões de dólares aplicada à Johnson & Johnson por um tribunal norte-americano pelo contributo da empresa para a dependência de opioides.
Leia a notícia completa no The Guardian (acesso livre, conteúdo em inglês).
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