Justiça já arrestou 2.200 obras de arte de Berardo
Maioria das obras estavam no jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral e na Aliança Underground Museum, em Aveiro. Mas 862 obras integram o acordo do empresário com o Estado e estão no CCB.
A Justiça já arrestou 2.200 obras de arte e quadros do empresário Joe Berardo, até ao final de agosto, na sequência do processo interposto pela Caixa, BCP e Novo Banco, avança o Jornal Económico (acesso pago)
Em causa está a tentativa destas instituições bancárias recuperarem uma dívida de 962 milhões de euros e por isso deram entrada com um processo que resultou no arresto de 862 obras, que integram o acordo do empresário com o Estado e que se encontram no Centro Cultural de Belém. Mas também de outras 1.200 obras que se encontravam no jardim Bacalhôa Buddha Eden no Bombarral e na Aliança Underground Museum, museu nas caves Aliança-Vinhos de Portugal, em Aveiro.
De acordo com o Jornal Económico, a Associação Coleção Berardo (ACB), proprietária das obras de arte do empresário madeirense, foi notificada da totalidade do arresto a semana passada, a 4 de setembro, e prepara agora oposição à mesma até ao final da próxima semana.
A ministra da Cultura já tinha dado a garantia de que o arresto de obras não põe em causa o Museu Coleção Berardo, isto depois de agentes de execução terem sido vistos no final de julho no museu. Recorde-se que a este propósito ex-titulares da Cultura defenderam ao ECO que deveria ser feito um acordo entre o Estado e a banca relativamente à coleção.
As obras de arte não são o único bem que Berardo que os bancos pretendem ver arrestados. O arresto de parte da Quinta Monte Palace Tropical Garden, na sequência de uma providência cautelar movida pela CGD, tal como o ECO avançou em primeira mão, e de duas casas em Lisboa, também propriedade do empresário, são outros exemplos.
Apoie o jornalismo económico independente. Contribua
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso. O acesso às notícias do ECO é (ainda) livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo rigoroso e credível, mas não só. É continuar a informar apesar do confinamento, é continuar a escrutinar as decisões políticas quando tudo parece descontrolado.
Introduza um valor
Valor mínimo 5€. Após confirmação será gerada uma referência Multibanco.
Comentários ({{ total }})
Justiça já arrestou 2.200 obras de arte de Berardo
{{ noCommentsLabel }}