Banco digital do Grupo Santander Openbank entra em Portugal até ao fim do ano
Openbank assegura que o banco manterá a oferta de uma conta livre de comissões e cartão de débito grátis. Vantagem competitiva da entidade está na concessão de crédito.
O Openbank, banco 100% digital do Grupo Santander, começou a expansão internacional com o lançamento da marca na Alemanha, para depois o fazer, até ao fim de ano, na Holanda e em Portugal.
Num encontro com a imprensa em Berlim, o administrador-delegado do Openbank, Ezequiel Szafir, afirmou que a entidade preencheu todos os trâmites para poder operar, caso quisesse, em qualquer país europeu, apesar de aspirar a começar as suas operações na América Latina em 2020, quando prevê aterrar na Argentina e no México, depois de afastar a opção do Perú.
A presidente do Banco Santander, Ana Botín, presente na apresentação do Openbank em Berlim, sublinhou, falando em alemão, que a entidade é uma verdadeira startup digital, que começa uma “nova era” com a sua chegada à Alemanha.
O principal executivo do Openbank assegura que o banco manterá a oferta de uma conta livre de comissões e cartão de débito grátis, mas sublinha que a vantagem competitiva da entidade está na concessão de crédito – em Espanha concede crédito ao consumo e à habitação – e que “democratizará” o investimento.
Szafir não revelou objetivos de captação na Alemanha, mas afirmou que a lista de espera para ser cliente da entidade no país já supera os 5.000 pedidos e insistiu que o banco quer oferecer os mesmos serviços que as restantes entidades, “mas sem sucursais e de forma totalmente digital”.
O Openbank na Alemanha também vai oferecer assessoria automática aos clientes em matéria de investimento (“robot advisory”) para o pequeno investidor, tanto é assim que este serviço, mais próprio da banca privada, será acessível para clientes a partir de 500 euros.
Até agora, na Alemanha, este tipo de assessoria é reservado para os clientes que querem investir no mínimo 15.000 euros, algo que o executivo do Openbank não entende num momento em que é mais necessário do que nunca, devido às atuais baixas taxas de juro, encontrar rentabilidade, segundo Szafir.
Mas nem tudo é poupança e investimento e o banco chega à Alemanha com um cartão de débito solidário que permitirá aos clientes fazer donativos a diferentes ONG no âmbito do compromisso do Openbank de “mudar o mundo”.
Todos os serviços serão prestados através de uma plataforma única, com equipas de técnicos localizadas em Espanha, e mesmo que os clientes visitem a página web na Alemanha e possam operar através da mesma, se precisarem assistência telefónica esta será recebida no seu idioma, mas a partir de Espanha.
A entrada no mercado alemão surge depois da aposta dos últimos anos no desenvolvimento do Openbank em Espanha, onde o crescimento do crédito concedido através da “app” do banco ou da web aumentou 164% no último ano, para níveis superiores a 600 milhões de euros.
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