Um ano de Impacto. Esta Casa já viu nascer 34 startups
Um ano depois da inauguração, Casa de Impacto quer crescer em dimensão e influência: vai multiplicar o espaço e está a trabalhar na criação de uma estratégia que inclui um braço de investimento.
Um ano, 34 startups e mais de 200 empreendedores. Nesta Casa, criam-se projetos de empreendedorismo com impacto há 365 dias. E todos os dias se constroem soluções cujo principal objetivo é mudar o mundo.
“Quando cheguei à Santa Casa percebi que havia duas dimensões diferentes: o ecossistema do empreendedorismo dito tradicional, por um lado, e o do empreendedorismo social, por outro. A Casa do Impacto nasce da necessidade de juntar os dois, porque acredito que, no futuro, todo o empreendedorismo terá de ter um impacto social e ambiental. Foi para acelerar esse processo que criámos um espaço agregador do ecossistema, que acreditamos que pode continuar a aumentar o número de startups nesta área”, conta Inês Sequeira, diretora da Casa do Impacto, em entrevista ao ECO.
No balanço do primeiro ano de vida da Casa do Impacto, incubadora de startups de impacto social, há muitos números para dar conta e outros tantos projetos para colocar em prática. “Não é apenas uma incubadora”, desmistifica Inês. “Temos outras vertentes: um foco em founders mulheres, por enquanto mais portugueses que estrangeiros mas estes últimos a crescer e uma certeza. Não somos só programas de incubação e aceleração, tudo aqui gira muito em torno de criar comunidade”, sublinha.
Além do programa de aceleração próprio da Casa, o edifício acolhe outras iniciativas de incubação e aceleração de startups promovidas por parceiros e que garantem uma ocupação de centenas de pessoas, em permanência. É que, por cada programa realizado com 10 startups, garantem-se entre 30 a 40 empreendedores dentro de casa. E além destes há outras formações, bootcamps e workshops, entre outras atividades.
Não somos só programas de incubação e aceleração, tudo aqui gira muito em torno de criar comunidade.
Da equipa envolvida no desenvolvimento da Casa do Impacto fazem parte oito pessoas, de um total de 18 afetas à área de empreendedorismo e inovação da Santa Casa de Lisboa.
Construído com base nos objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU, o propósito da Casa do Impacto está muito relacionado com agregar a sociedade civil àquilo que se acredita ser “o paradigma de futuro”. Ao mesmo tempo, adianta Inês Sequeira, deverá ser anunciada até ao fim deste ano uma nova área de atuação da Casa do Impacto, que vai começar atividade como “investidora social”. Esse será o foco da incubadora no primeiro semestre do próximo ano.
“Numa fase pre seed do chamado patient capital, são instituições como a Santa Casa que são investidoras porque têm tempo para esperar retorno. Vamos lançar, numa primeira fase, um fundo filantrópico que servirá para colmatar uma falha do mercado. A ideia é irmos soltando financiamento à medida que as startups vão cumprindo objetivos. A call [fase de candidaturas] deverá ser anunciada em dezembro e aberta em janeiro”, conta Inês, reservando o valor do fundo e outros detalhes para mais tarde.
Outra das novidades será o crescimento do espaço da incubadora, confidencia Inês Sequeira. O objetivo é que, dentro de dois anos, a o número de empreendedores in house chegue aos 1.500.
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