Portojóia faz homenagem às raízes da joalharia portuguesa

A 30ª edição da Portojóia prestou homenagem as raízes portuguesas e ao mesmo tempo projetou aquilo que será o futuro do setor, que em 2017 atingiu um volume de negócios de mil milhões de euros.

Uma simbiose entre o passado e o futuro assinalam as três décadas da Portojóia – Feira Internacional de Joalharia, Ourivesaria e Relojoaria. Roots & Wings foi o mote da edição deste ano. “É um regressar ao passado mas projetando o futuro”, destaca Amélia Monteiro, diretora geral da Portojóia.

“Através das peças pretendemos apelar aos sentimentos, às raízes, mas ao mesmo tempo perspetivar aquilo que vai ser o futuro“, descreve ao ECO Amélia Monteiro. “Peças únicas capazes de transmitir a identidade forte de cada consumidor, aliado a um design moderno inspirado no passado mais longínquo”, é assim que Amélia Monteiro vê a edição deste ano que decorreu de 26 a 29 de setembro, na Exponor, em Matosinhos.

O presidente da Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal (AORP), Nuno Marinho, destaca que o mercado da joalharia está em crescimento. “No ano 2017, o setor atingiu um volume de negócios de mil milhões de euros e exportou 100 milhões de euros”. Uma meta que o setor espera igualar em 2019. Nuno Marinho salienta que um dos objetivos é “aumentar as exportações, sem descurar o mercado interno”, isto porque, até 2022, o objetivo é aumentar o peso das exportações dos atuais 10% para 15%.

Na sua ótica, a joalharia portuguesa está em destaque a nível mundial e tem vindo a afirmar-se pela “sua criatividade e design“, sendo Espanha, França, Itália, Hong Kong e EUA os principais destinos da joalharia portuguesa. Refere ainda que “a América será sempre um mercado com potencial e o Oriente está em clara expansão”.

Consciente de que a joalharia portuguesa tem uma “identidade definida e um “reconhecimento notório”, refere que apesar de o “valor estar criado é preciso que as pessoas se apercebam do valor que já existe”.

Através das peças pretendemos apelar aos sentimentos, às raízes, mas ao mesmo tempo perspetivar aquilo que vai ser o futuro.

Amélia Monteiro

Diretora geral da Portojóia

A Filigrana, arte tipicamente portuguesa, é um dos exemplos que demonstra que mesmo passados anos de história continua a ter um reconhecimento a nível mundial. O maior coração em filigrana do mundo é português, tem 1,20 de altura, pesa 13 quilos e é constituído por 450 metros de fio de filigrana.

“A filigrana ganhou destaque no passado, mas ainda tem um longo caminho a percorrer, principalmente numa perspetiva de reinvenção e inovação“, refere o presidente da AORP. Considera que esta arte minuciosa “irá ser utilizada de uma outra forma mais subtil em criações do futuro”.

A 30.ª edição recebeu cerca de dez mil visitantes e foram representadas obras de arte de 27 empresas estrangeiras, oriundas de seis países: Espanha, Turquia, Cabo Verde, Alemanha, Brasil e Itália.

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