Sonangol dá ganhos de 4% ao BCP na bolsa de Lisboa
O banco liderado por Miguel Maya disparou após os acionistas terem reafirmado interesse em ficar no capital. Apenas quatro cotadas fecharam no vermelho, num dia de ganhos para o PSI-20.
O BCP disparou 4% em bolsa e sustentou os ganhos do PSI-20. O índice de referência nacional fechou a sessão desta segunda-feira com uma valorização de 0,79% para 5.016,45 pontos, em linha com o sentimento positivo nas principais praças europeias. Se o banco foi o principal impulsionador, a Jerónimo Martins travou o índice.
Miguel Maya e Nuno Amado, CEO e chairman do BCP, estiveram em Luanda para uma reunião com responsáveis máximos da Sonangol, que detém 19% do banco. Nesse encontro, “a administração da Sonangol reafirmou o interesse do acionista no investimento realizado e na permanência como acionista de referência do Millennium bcp”, segundo adiantou o banco numa nota enviada aos jornalistas.
A declaração desfaz os rumores sobre uma possível saída dos angolanos do capital do BCP. As ações do banco reagiram em forte alta, tendo fechado com um ganho de 3,96% para 0,2020 euros por ação, no valor mais alto desde 19 de setembro.
BCP em máximos de quase um mês
Ainda assim, o BCP não foi a cotada que mais subiu. Esse lugar pertence aos CTT, que dispararam 4,5%. As exportadoras também fecharam em forte alta, graças aos menores receios com o contexto internacional (em especial relacionados com a guerra comercial e o Brexit): a Altri, a Mota-Engil, a Semapa e a Navigator valorizaram entre 1,9% e 2,9%.
A EDP subiu 0,85% para 3,55 euros por ação, no dia em que o JP Morgan emitiu uma nota sobre a empresa. Subiu o preço-alvo para 4,00 euros, em dezembro de 2020, e passou para overweight (contra a anterior recomendação neutral). O banco de investimento acrescentou ainda acreditar que a venda de ativos vai ajudar a diminuir a dívida da elétrica liderada por António Mexia.
Jerónimo Martins e Galp desvalorizam
Em sentido contrário, a Jerónimo Martins manteve o sentimento negativo da semana passada, após o regulador polaco UOKiK ter anunciado que vai investigar a forma como os preços na Biedronka, a cadeia de retalho polaca da empresa, são apresentados aos clientes. A retalhista afundou 1,97% para 14,67 euros por ação. A concorrente Sonae deslizou 0,33%.
A Galp cedeu 0,15% para 13,51 euros por ação no dia anterior a apresentar resultados do terceiro trimestre do ano. A petrolífera seguiu a tendência internacional, com os preços da matéria-prima a caírem.
A diminuição das tensões com a guerra comercial levou a novas preocupações com uma quebra na procura global por petróleo. O brent negociado em Londres perdeu 1,19% para 58,71 dólares por barril, enquanto crude WTI de Nova Iorque recuou 0,95% para 53,27 dólares por barril.
Os ganhos do PSI-20 foram, apesar disso, apenas superados pelo espanhol IBEX 35, que valorizou 1,2%, e pelo alemão DAX, que ganhou 1%. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,7%, o francês CAC 40 somou 0,4% e o britânico FTSE 100 avançou 0,24%.
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