Marcelo cita “inquéritos” e conclui que portugueses têm “opinião positiva” do Parlamento

Os portugueses têm uma "opinião positiva" da Assembleia da República, mais positiva até do que de outros órgãos de soberania. Em Belém, Marcelo Rebelo de Sousa citou "inquéritos".

Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que os portugueses têm “uma opinião positiva” sobre a Assembleia da República (AR). Citando “inquéritos” realizados ao longo da última legislatura e já na legislatura atual, o Presidente da República disse esta quinta-feira que o Parlamento “tem conseguido manter um juízo mais positivo do que negativo, e mais positivo do que outros órgãos de soberania” nacionais.

Em declarações transmitidas pela RTP 3 a partir do Palácio de Belém, onde o Chefe de Estado recebeu deputados, líderes partidários e também o Presidente da AR para a tradicional cerimónia de boas festas, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que esta é “uma boa notícia”, apesar de a abstenção ser “demasiado elevada” nas eleições.

“Todos os inquéritos quantitativos e qualitativos de opinião ao longo da última legislatura e agora já na nova legislatura demonstram uma opinião positiva sobre a AR. Uma opinião mais positiva do que negativa e até mais positiva em termos comparativos com outras democracias europeias mais antigas, e até com alguns protagonistas isoladamente considerados na cena nacional”, disse o Presidente da República.

“É uma boa notícia. Apesar da preocupação que muitas vezes há quanto à imagem que há dos políticos por parte dos cidadãos, tantas vezes preocupada ou crítica, a AR tem conseguido manter um juízo mais positivo do que negativo e mais positivo do que outros órgãos e soberania. Isso é bom, porque a AR é a casa da democracia”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, que alertou ainda que o “fenómeno da abstenção” eleitoral “começa a atingir níveis preocupantes”.

Ferro Rodrigues: “Parlamento atual é um Parlamento diferente”

As declarações de Marcelo Rebelo de Sousa seguiram-se às de Eduardo Ferro Rodrigues, que também se mostrou preocupado pela abstenção. Falando numa “resposta fraca do eleitorado” e de uma “taxa de abstenção demasiadamente elevada”, o presidente da Assembleia da República também apontou para o problema da desatualização dos cadernos eleitorais.

“Sou daqueles que acham que há uma taxa de abstenção demasiadamente elevada também por motivos técnicos, e por os cadernos eleitorais não estarem suficientemente atualizados, nomeadamente devido aos efeitos das pessoas que desaparecem e das pessoas que emigram. Mas esse é um trabalho que deve ser feito, de forma a clarificar o que é a verdadeira abstenção e o que não é”, considerou o responsável máximo do Parlamento.

“A AR, este ano, tem um novo desafio, visto que há um conjunto de diplomas que entraram em vigor com a nova legislatura e que são muito importantes para o reforço da transparência e da qualidade dos trabalhos no Parlamento. Estou a pensar nas novas exigências em matéria de acumulações e incompatibilidades, em questões que têm que ver com o estatuto do deputado e em outras questões importantes”, continuou Ferro Rodrigues.

De seguida, o Presidente da AR considerou que o Parlamento atual é “um Parlamento diferente”. “É um Parlamento novo, em que, de qualquer forma, há questões que são estruturais e que se vão manter como o respeito institucional pelos outros órgãos de soberania e pelo próprio órgão soberano que é o Parlamento”, disse.

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