Portugueses receiam roubo de dados online, mas protegem-se menos do que os outros europeus

  • Lusa
  • 6 Janeiro 2020

A maior preocupação dos portugueses com uso da internet é o roubo e uso indevido de dados pessoais, seguindo-se a segurança dos pagamentos pela internet ou receio de não receber os bens comprados.

O roubo e uso indevido dos dados pessoais é o maior receio dos portugueses, que no entanto têm menos cuidados com a segurança das palavras-passe do que o resto dos europeus, segundo um relatório sobre cibersegurança divulgado.

O relatório de 2019 da Linha de Observação Sociedade do Observatório de Cibersegurança, que assenta em dados de outros inquéritos e estudos feitos em Portugal e no resto da Europa, revela que 73% dos portugueses evita revelar informação pessoal na internet.

A maior preocupação com o uso da internet para operações bancárias, compras ou pagamentos é o roubo e uso indevido de dados pessoais (49% dos inquiridos), seguindo-se a segurança dos pagamentos pela internet (38%, menos nove pontos que no ano anterior) ou o receio de não receber os bens ou serviços comprados.

Comparando com práticas dos outros europeus, os portugueses têm menos cuidado com as palavras passe: apenas 13% usa palavras diferentes para páginas diferentes (a média europeia é 29%), 12% escolhe palavras complexas (27% na União Europeia) e 16% mudam de palavras passe regularmente (21% na UE).

Para os portugueses, o pior crime na internet é a pornografia infantil, que recolheu 85% das respostas, seguindo-se a fraude bancária (78%) e o roubo de identidade (75%).

Os portugueses também diferem dos europeus no valor que atribuem ao discurso de ódio online, considerado muito sério por 46% da população, enquanto na União Europeia a média é 61%.

Enquanto uma média de 61% de europeus afirmam saber proteger-se dos riscos ‘online’, em Portugal esse valor fica pelos 53%. Só 03% dos portugueses dizem estar muito bem informados e 52% admitem não estar.

Este é o primeiro relatório setorial do Observatório de Cibersegurança, que vai debruçar-se ainda sobre áreas como ética e direito, riscos e conflitos ou Economia.

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