Trabalhar seis horas por dia, quatro dias por semana. Finlândia quer dar o exemplo

Trabalhar seis horas por dia, quatro dias por semana. Para Sanna Marin, a primeira-ministra mais jovem do mundo, esta medida é uma forma de os finlandeses terem mais tempo para a sua vida pessoal.

Sanna Marin, a primeira-ministra da Finlândia, está a considerar a redução do horário de trabalho de oito para seis horas diárias, e a redução para quatro dias de trabalho por semana. Segundo o Daily Mail, esta medida de flexibilidade será uma forma de a primeira-ministra cumprir as promessas feitas aos eleitores e permitir que os finlandeses tenham mais tempo para outras atividades fora do trabalho. Atualmente, o horário de trabalho na Finlândia não é muito diferente do português, com um horário laboral de oito horas por dia, cinco dias por semana.

As pessoas merecem passar mais tempo com as suas famílias, entes queridos, nos seus hobbies e em outros aspetos da vida, como a cultura. Este pode ser o nosso próximo passo no que diz respeito à vida laboral”, justificou Sanna Marin, citada pelo jornal britânico. Antes de ser primeira-ministra, Sanna Marin era titular da pasta dos Transportes e, durante o seu mandato, já tinha defendido uma redução do horário de trabalho.

 

Sanna Marin tomou posse como primeira-ministra a 10 de dezembro do ano passado, tornando-se a mais jovem chefe de governo do mundo, aos 34 anos. Marin lidera agora uma coligação governamental de centro-esquerda composta por cinco partidos, todos liderados por mulheres. “É importante permitir que os cidadãos finlandeses trabalhem menos. Não é uma questão de governar com um estilo feminino, mas sim oferecer ajuda e cumprir as promessas aos eleitores”, acrescentou a primeira-ministra finlandesa.

A redução das horas de trabalho já foi testada noutros países e os resultados têm sido positivos. Em 2015, a vizinha Suécia reduziu o horário de trabalho para seis horas por dia, o que se refletiu em trabalhadores mais saudáveis, mais felizes e produtivos. Em novembro do ano passado, a Microsoft no Japão testou, durante um mês, uma experiência de trabalho de quatro dias e a produtividade dos colaboradores subiu 40%.

Em Portugal, os horários de trabalho mais reduzidos vão surgindo em algumas empresas. A retalhista de papel Navigator reduziu o horário de trabalho de 40 para 39 horas semanais, em abril do ano passado, e o objetivo é chegar às 38 horas semanais durante este ano. Na startup de recrutamento Humaniacs, por exemplo, só se trabalha quatro dias por semana. Estando longe de ser uma realidade, as empresas optam por benefícios como horários mais flexíveis, trabalho remoto e, em alguns casos, períodos de férias mais longos.

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