Excedente externo em novembro vale um terço do ano anterior

A um mês do fecho de 2019, Portugal registava um saldo positivo nas balanças corrente e de capital superior a mil milhões de euros. Mas este vale pouco mais que um terço do observado um ano antes.

As contas externas apresentaram um saldo positivo de 1.209 milhões de euros até novembro do ano passado, um valor pouco superior a um terço do registado no mesmo período do ano anterior, revelou esta terça-feira o Banco de Portugal.

De janeiro a novembro de 2018, o excedente das contas públicas foi de 3.415 milhões de euros. Isto significa que apesar de o atual saldo ser positivo, ele vale 35,4% do observado um ano antes, ou seja, pouco mais do que um terço.

No terceiro trimestre do ano, o saldo das contas externas era de 0,4% do PIB. Um ano antes estava em 2,1% do PIB.

De acordo com o Orçamento do Estado para este ano, o Governo espera que o saldo das balanças corrente e de capital tenha fechado o ano passado em 0,5% do PIB, baixando para 0,2% do PIB em 2020.

Por que razão o excedente externo é menor?

“Para a redução do saldo contribuíram todas as componentes, à exceção da balança de rendimento primário”, explica o Banco de Portugal, adiantando que “o défice da balança de bens aumentou 1.622 milhões de euros face ao homólogo e o excedente da balança de serviços diminuiu 507 milhões de euros”.

Isto significa que as trocas comerciais — tanto ao nível das mercadorias como dos serviços — revelaram no ano passado um desempenho pior do que no ano anterior.

“Nos primeiros onze meses do ano, as exportações de bens e serviços cresceram 3,1% (2,8% nos bens e 3,6% nos serviços) e as importações aumentaram 5,8% (4,7% nos bens e 11,1% nos serviços).”

Já o “défice da balança de rendimento primário diminuiu 311 milhões de euros relativamente ao período homólogo, para -3981 milhões de euros”, diz o banco central, acrescentando que “esta variação resultou, principalmente, da redução dos juros pagos a entidades não residentes”.

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