Belas Clube de Campo. Aqui estão a nascer casas sustentáveis e resistentes às alterações climáticas

A mais recente fase de desenvolvimento do Belas Clube de Campo - Lisbon Green Valley - foi o primeiro a ser certificado com um grau elevado de resiliência (Classe A) pelo Sistema LiderA.

O Lisbon Green Valley, a mais recente fase de desenvolvimento do Belas Clube de Campo do Grupo André Jordan, é o primeiro empreendimento certificado pela norma de “resiliência às alterações climáticas”. Atribuída pelo Sistema LiderA, esta certificação atesta a capacidade dos ambientes construídos e comunidades se ajustarem, reagirem e darem respostas face a riscos naturais (como inundações, tempestades, vagas de calor), humanos, sociais e económicos (como criminalidade, ataques terroristas, falhas das infraestruturas, entre outros).

Perante estes cenários, o Lisbon Green Valley foi classificado com um grau elevado de resiliência (Classe A), informou a sociedade imobiliária Planbelas em comunicado.

Para esta avaliação foram considerados 20 parâmetros diferentes: ondas de calor, precipitação intensa e cheias, inundações, problemas de gestão, abastecimento e qualidade da água, erosão hídrica do solo, risco de incêndio, biodiversidade, falhas nas infraestruturas de energia, saneamento e resíduos, crimes, entre outros.

No final do mês de janeiro, o Grupo André Jordan Group anunciou em comunicado que está a investir 25 milhões de euros na construção de 50 novos apartamentos e 15 ‘townhouses’ no Belas Clube de Campo. Os novos projetos “inserem-se no plano de desenvolvimento do Lisbon Green Valley que prevê, numa primeira fase, a construção de 366 unidades entre ‘townhouses’ (moradias), apartamentos e lotes para construção de moradias unifamiliares”, diz o mesmo comunicado. Os imóveis só começarão a ser entregues em junho de 2021, mas já começaram entretanto a ser comercializados.

“Todas as comunidades e zonas são, de certo modo, vulneráveis a perigos naturais ou de origem humana. Aprender a viver com o risco, aceitar essa vulnerabilidade, choques e tensões e desenvolver uma tolerância coletiva ao risco, é o primeiro passo para se tornar mais resiliente” refere Manuel Duarte Pinheiro, responsável pelo Sistema LiderA, no mesmo comunicado. “O Belas Clube de Campo é uma referência internacional na área da sustentabilidade e apresenta já um conjunto de medidas distintivas, sendo por isso um empreendimento com uma elevada procura de sustentabilidade e resiliência”, acrescentou ainda.

De acordo com o relatório de avaliação, o Lisbon Green Valley apresenta medidas que distinguem este empreendimento por comparação com as práticas comuns no setor imobiliário, quer a nível de planeamento das infraestruturas e loteamento, quer a nível de construção dos edifícios de habitação unifamiliar, coletiva e de serviços.

Entre as medidas que contribuem para a resiliência do Lisbon Green Valley destacam-se:

  • Ondas de calor: qualidade do isolamento em paredes, pavimentos e cobertura;
  • Abastecimento, qualidade da água e problemas de gestão: instalação de sistema de recolha e armazenamento de águas pluviais (com capacidade variável entre lotes de 5m3 e 50m3), instalação de um sistema separativo de águas residuais e pré-instalação para uma ETAR compacta;
  • Risco de incêndio: posto de observação e vigilância da mata e floresta num raio de 30km, carro de combate de rápida intervenção;
  • Sismos: construção antissísmica;
  • Falhas Infraestruturas: instalação de equipamentos com elevada eficiência energética e hídrica, instalação de painéis fotovoltaicos para autoconsumo e solares térmicos bidirecionais, baterias de acumulação de energia;
  • Crime: serviço de vigilância 24h por dia, entre outros;

 

A urbanização Belas Clube de Campo foi certificada pela primeira vez pelo Sistema LiderA em 2012, obtendo a classificação A+. Em 2017 foi atribuída a nota A++ às moradias do Lisbon Green Valley e, em 2018, o empreendimento obteve uma avaliação correspondente à classe A+ para os apartamentos do lote 10. Em 2019, o Lisbon Green Valley estreou no mercado as primeiras casas em Portugal a atingir valores de certificação Nearly Zero Energy Building (NZEB) – obrigatória na Europa já a partir de 2021 para todos os edifícios novos.

Recentemente, o Belas Clube e Campo foi também distinguido pela ADENE – Agência para a Energia, com o AQUA+, o novo índice de desempenho hídrico dos edifícios. Trata-se do primeiro instrumento de classificação da eficiência hídrica nos edifícios, que utiliza uma metodologia inovadora a nível mundial e pioneira na Europa, e pretende identificar e distinguir as boas práticas no uso eficiente dos recursos hídricos nos edifícios e urbanizações.

Estas certificações permitem concluir que as casas do Lisbon Green Valley – nova fase do Belas Clube de Campo – apresentam um desempenho ambiental superior a 90%, com painéis fotovoltaicos que alimentam baterias, pontos de carregamento para carros elétricos, separação de águas cinzentas para reaproveitamento nos autoclismos, isolamento térmico e acústico, sistema de aquecimento e arrefecimento de pavimento radiante, painéis solar térmicos, controlo de climatização, eletrodomésticos de categoria A+++.

“A legislação nesta matéria já é muito exigente, e estas casas superam em quádruplo os requisitos que já são exigidos e isso está patente nos consumos: as townhouses consomem 11 kw/m2/ano, sendo que uma casa de referência consome em média 108kw/m2/ano”, realça Manuel Pinheiro, responsável pelo LiderA.

Destacando a sustentabilidade e eficiência energética como estando “no centro do desenvolvimento dos novos projetos” no Belas Clube de Campo, os promotores referem que os novos edifícios “são já validados pela Agência para a Energia com o AQUA+”, um novo índice de desempenho hídrico que avalia a incorporação de medidas concretas para uma gestão hídrica eficiente. Os imóveis estão também equipados com diversos equipamentos e sistemas “na vanguarda das boas práticas ambientais, certificados pelo sistema LiderA com classificação A+”.

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