Além de rico, Bezos quer ser filantropo. CEO da Amazon dá 10 mil milhões por ano para proteger a natureza
Foi na rede social Instagram que o CEO da Amazon anunciou a criação do seu Bezos Earth Fund, com uma dotaçao anual de 10 mil milhões anuais para combater as alterações climáticas.
O fundador e CEO da Amazon, Jeff Bezos, anunciou na sua conta na rede social Instagram que vai criar o Bezos Earth Fund, com um valor de 10 mil milhões de euros por ano — menos de um décimo da sua riqueza total — para ajudar no combate às alterações climáticas a nível global.
Com uma fortuna avaliada em 114 mil milhões de dólares no ano passado (agora são já 129,9 mil milhões), de acordo com a revista Forbes, Bezos foi eleito como a pessoa mais rica nos Estados Unidos em 2019. No entanto, apesar da conta bancária recheada, Bezos não é propriamente famoso pelos seus gestos filantrópicos, de tal forma que nesta categoria de avaliação do ranking da Forbes o multimilionário não vai além de um 2 (numa escala de 1 a 5), situando-se na 188ª posição da lista dos maiores filantropos, no total dos 400 americanos mais ricos.
Bezos pode até ser oito mil milhões de dólares mais rico do que o fundados da Microsoft, Bill Gates, o segundo mais rico nos EUA (com 106 mil milhões), mas quando o tema é filantropia, Gates leva a medalha de ouro, com nota máxima (5) e o primeiro lugar na lista dos que mais têm “amor à humanidade” ou “contribuem generosamente para melhorar a situação dos homens”. Warren Buffett é o terceiro mais rico (80,8 mil milhões) e o segundo mais filantropo, seguido por Mark Zuckerberg, o quarta mais rico (69,6 mil milhões) e o terceiro no pódio da filantropia.
Para colmatar este “calcanhar de Aquiles”, o CEO Amazon (que viu a sua fortuna cair de 160 para 114 mil milhões de dólares entre 2018 e 2019, muito por conta do polémico divórcio de MacKenzie Bezos, com quem era casado há 25 anos) anunciou agora a sua decisão mais filantrópica até ao momento.
“Hoje, estou entusiasmado ao anunciar o lançamento do Bezos Earth Fund […] Para começar, vou dedicar 10 mil milhões de dólares a este fundo e no verão serão atribuídas as primeiras bolsas”, escreveu Bezos no Instagram.
“Esta iniciativa global irá financiar cientistas, ativistas, organizações não-governamentais — e qualquer esforço que permita uma real possibilidade de ajudar a preservar e a proteger a natureza”, acrescentou.
“As alterações climáticas são a maior ameaça ao nosso planeta. Quero trabalhar ao lado de outras pessoas para encontrar novas formas, e melhorar as já existentes, de combater o impacto devastador das alterações climáticas no nosso planeta, que todos partilhamos […] Podemos salvar a Terra. Vai exigir um esforço coletivo de grandes e pequenas empresas, nações, organizações globais e indivíduos […] A Terra é a única coisa que todos temos em comum — vamos protegê-la, juntos”, rematou, assinando “Jeff”.
Jeff Bezos fundo o colosso americano do e-commerce Amazon em 1994, na garagem de sua casa em Seattle. Mantém-se como CEO até hoje e detém 12% das ações da empresa. Antes de se divorciar de MacKenzie, em julho de 2019, Bezos tinha 16% da Amazon, mas teve de dar um quarto da posição acionista à ex-mulher, ou seja, 4%, o que fez dela uma das mulheres mais ricas do mundo, com entrada direta para o ranking da Forbes. Além de dono da Amazon, é proprietário do jornal The Washington Post e, na indústria aeronáutica, detém a Blue Origin, uma empresa que está a desenvolver um foguetão para uso comercial. Tem quatro filhos e é formado em Artes e Ciência pela Universidade de Princeton.
Em 1998 conheceu os fundadores do Google, Larry Page e Sergey Brin, tornando-se num dos primeiros investidores na empresa, com um investimento de 125 mil dólares.
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