Banca afunda à boleia das yields. Wall Street segue em queda
Os juros das dívidas soberanas recuam e penalizam as ações dos bancos norte-americanos. Além deste setor, também a aviação continua pressionada pelo coronavírus.
Wall Street continua em queda devido à pressão do coronavírus na economia global. A aviação e a banca estão entre os setores mais penalizados, numa altura em que os investidores têm procurado refúgio no ouro e na dívida.
O índice industrial Dow Jones cai 2,54% para 25.457,21 pontos, enquanto o financeiro S&P 500 perde 2,31% para 2.954,20 pontos e o tecnológico Nasdaq afunda 3,08% para 8.469,02 pontos.
Os futuros chegaram a sinalizar uma abertura em alta impulsionada pelos números do emprego em fevereiro, mas as ações acabaram por não resistir e Wall Street manteve, assim, a tendência negativa das últimas sessões.
O surto de coronavírus, que já infetou mais de 100 mil pessoas em todo o mundo, ameaça as perspetivas de crescimento económico global em 2020, levando vários economistas a reverem em baixa as projeções. Também as empresas têm feito profit warnings, sendo que a mais recente foi a Starbucks. A marca alertou para a quebra no número de clientes na China e perde 3,65%, para 73,41 dólares por ação.
Com cidades fechadas e as viagens limitadas, as companhias aéreas têm liderado as perdas devido ao potencial impacto da epidemia nos lucros. American Airlines, United Airlines, Spirit Airlines e JetBlue Airways Corp caem mais de 5% cada.
Já a banca tem sido penalizada pela quebra nas yields, que reagem à fuga dos investidores das ações para as obrigações. O juro das Treasuries a dez anos tem estado em queda livre e caiu, esta sexta-feira, pela primeira vez abaixo de 0,7%. Em consequência, o Bank of America, o Citigroup, o JPMorgan, o Goldman Sachs, o Wells Fargo e o Morgan Stanley afundam mais de 4%.
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