Jerónimo Martins cai 5% e arrasta PSI-20
A bolsa de Lisboa caiu quase 2% na primeira sessão do mês, prolongando o sentimento negativo que se viveu no primeiro trimestre. Ainda assim, ficou entre as menores perdas das bolsas europeias.
A bolsa nacional fechou o mês de março com uma perda de 14%. Foi também o fim de um primeiro trimestre em que desvalorizou mais de 20%. Começou abril e o PSI-20 manteve-se em terreno negativo. Tudo por causa do Covid-19, que também está a dar dores de cabeça aos investidores.
O principal índice português caiu, esta quarta-feira, 1,89% para 3.992,69 pontos, com 13 cotadas abaixo da linha de água. Destaque para as cinco principais ações da praça portuguesa, que registaram os piores desempenhos: a Jerónimo Martins liderou as perdas, baixando 4,59% para 15,685 euros, a EDP Renováveis cedeu 4,37% para 10,50 euros, BCP e EDP caíram ambos mais de 2% e a Galp cedeu 1,78%.
Do lado positivo, cinco cotadas travaram maiores perdas por cá, com a Sonae Capital a subir mais de 5% e a Semapa a ganhar mais de 3%.
Lá por fora, as perdas foram mais acentuadas. O índice de referência europeu, o Stoxx 600, perdeu 3,2%. As perdas no francês CAC 40 ascenderam a 4,7%, enquanto o britânico FTSE 100 perdeu 4,3%, o alemão DAC desvalorizou 4% e o espanhol IBEX 35 recuou 3%.
“O segundo trimestre do ano começou negativo para as bolsas europeias que viveram um dia marcado por acrescidos receios em relação à atual situação dos EUA e ao comportamento do setor bancário”, explicam os analistas do BPI, numa nota de fecho da sessão.
A banca foi alvo de uma pressão vendedora significativa, após uma série de bancos britânicos terem suspendido a distribuição de dividendos. As instituições bancárias britânicas registaram perdas superiores a 7,8%. De forma mais alargada, as europeias caíram 5,8%.
Além da banca, também os dados económicos pressionaram as ações europeias. A atividade industrial caiu a pique na Zona Euro em março, com as quebras nas cadeias globais de fornecimento causadas por medidas de contenção da pandemia a levarem a atividade das fábricas para mínimos de mais de sete anos.
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