Fechado em casa? Tudo o que pode comprar online sem pagar os portes de envio

Desde lojas de roupa ou eletrodomésticos, são cada vez mais os estabelecimentos a virarem-se para online para travar quebra nas vendas. E a oferecer os portes de envio.

O surto do novo coronavírus confinou grande parte dos portugueses às suas casas e obrigou o Governo a fechar vários estabelecimentos comerciais: desde restaurantes até lojas de roupa, de decoração ou e outros artigos para o lar, entre outros. Com o encerramento temporário dos espaços físicos, são cada vez mais as lojas que estão a apostar no comércio online para travar a previsível quebra nas vendas. E a oferecer os portes de envio para atrair os clientes.

Só estabelecimentos de bens ou serviços essenciais — padarias, supermercados, talho, bancos, farmácias, oficinas, quiosques — podem ter as portas abertas durante o período do estado de emergência no país. Mas isto não implica que os outros estabelecimentos com atendimento ao público tenham necessariamente de parar.

Marcas de roupa enviam grátis e alargam período de devoluções

Tudo o que são lojas de roupa também fecharam as suas portas, algumas das quais mesmo antes de ter sido decretado o estado de emergência no país. Foi esse o caso das lojas da Zara e das marcas do grupo Inditex, incluindo Pull and Bear, Massimo Dutti, Bershka, Stradivarius, entre outras. Ao todo, 350 lojas que o grupo tem no país foram fechadas na semana passada. Alternativa: internet.

Avisa a Zara no seu site: “A entrega na loja não estará disponível temporariamente, por isso o envio ao domicílio será gratuito”. As outras marcas do grupo Inditex também garantem a gratuitidade do envio das encomendas para casa dos clientes.

Além disso, os, o prazo de devolução também foi alterado. Os clientes terão 30 dias a partir do momento que os espaços físicos reabrirem para fazer as trocas (Zara) ou foram alargadas para 60 dias (Pull & Bear). Na Oysho, com entregas grátis até dia 15 de abril, diz-se que “os prazos de devolução serão alargados para 30 dias a contar da data de reabertura das nossas lojas”.

A mesma estratégia seguiu o grupo Tendam, que explora as marcas Cortefiel, Springfield, Pedro del Hierro ou Women’Secret. O grupo tem mais de 150 lojas no país que foram encerradas por tempo indeterminado por causa do vírus.

Em contrapartida, a Tendam reforçou o serviço online: deixou de cobrar pelos envios das encomendas para o domicílio, assim como assegurará as devoluções com recolhas em casa. Também o prazo de devolução de artigos adquiridos em loja foi ampliado até 60 dias.

Outras lojas de vestuário como a Desigual, C&A, Quebramar ou Lanidor asseguram portes gratuitos em encomendas por via online.

Dott envia bens essenciais sem portes de envio

A cadeia sueca de mobiliário e artigos para o lar IKEA também foi forçada a encerrar as suas instalações. Os portes de entrega ao domicílio são pagos. “Como medida preventiva, todas as entregas serão deixadas à porta de casa do cliente e não necessitarão de assinatura. Os clientes têm de estar presentes para aceitar a entrega”, diz o IKEA. Existe outra possibilidade: de os clientes comprarem online e irem buscar a encomenda gratuitamente aos parques de estacionamento.

No marketplace Dott — uma joint venture dos CTT e Sonae — está em curso uma campanha de envios gratuitos de bens essenciais.

“Nem tudo tem de ser difícil. Produtos de supermercado e bem-estar à sua porta de forma gratuita”, garante o Dott, que assegura o envio de várias categorias de produtos que sejam comprados na sua plataforma, desde produtos de supermercado e bebidas, saúde, higiene, lavandaria e limpeza até termómetros, brinquedos e fraldas.

Worten e Rádio Popular oferecem entrega em casa

No caso Worten, os estabelecimentos vão manter-se de portas abertas porque os “produtos e serviços comercializados pela marca são considerados bens de primeira necessidade”.

“Ao manter as lojas abertas, a Worten pretende “responder às necessidades mais imediatas e urgentes dos clientes, que querem comprar um produto, sem poder aguardar por prazos de entrega, ou solicitar assistência técnica para um produto que, entretanto, se avariou”, explica Inês Drummond Borges, diretora de marketing da Worten

Ainda assim, quem comprar online estará isento do pagamento dos portes de envio para aquisições no montante superior a 25 euros até dia 20 de abril.

A Rádio Popular, que mantém igualmente as lojas abertas, embora com horário mais reduzido, também está a oferecer, e até 30 de abril, as entregas em compras online superiores a 25 euros.

“Esta decisão visa assegurar o normal funcionamento da cadeia de distribuição, principalmente em produtos que são hoje ainda mais valorizados, como os eletrodomésticos e a informática, fruto da necessidade de a população ficar e trabalhar a partir de casa”, frisa a marca.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Comentários ({{ total }})

Fechado em casa? Tudo o que pode comprar online sem pagar os portes de envio

Respostas a {{ screenParentAuthor }} ({{ totalReplies }})

{{ noCommentsLabel }}

Ainda ninguém comentou este artigo.

Promova a discussão dando a sua opinião