BRANDS' ECOSEGUROS Cibercrime: a outra pandemia para as empresas
Rui Ferraz, diretor comercial da Innovarisk, explica como as empresas enfrentam novos desafios em matéria de segurança de dados, sites e informação de clientes.
O avançar do Covid-19 em Portugal e o receio de que o trabalhar nos locais habituais poderia trazer um aumento exponencial do número de infetados, não só pela proximidade física nas empresas mas também pela utilização de transportes públicos apinhados de gente por boa parte da população, mudou, talvez para sempre, a maneira como trabalhamos.
Se é de esperar que muitos de nós voltemos aos escritórios, lojas e fábricas quando atingirmos a curva descendente da pandemia, também é verdade que muitos continuarão a fazê-lo desde casa, seja porque os nossos filhos continuam a estar longe das escolas ou porque a nossa empresa se adaptou a esta nova forma organizacional.
No entanto, a urgência de termos de abandonar o nosso habitual local de trabalho trouxe com ela muitos e novos desafios, tanto aos trabalhadores como às próprias empresas. De facto, a utilização do teletrabalho como alternativa ao nosso local habitual foi um plano de contingência que tivemos de aplicar do dia para a noite, com os erros e falhas expectáveis.
"Tal como a nossa empresa identifica nichos de mercado e oportunidades de negócio, muitos destes hackers, sejam grupos organizados ou lobos solitários, vivem para estes momentos. Para o erro.”
Por muito que alguns de nós o tivessem inscrito nos planos de continuidade do negócio, a verdade é que a realidade muitas vezes traz imponderáveis para os quais nunca estamos preparados.
Foi assim que, um dia, muitas das nossas empresas começaram a laborar a partir de casa dos seus trabalhadores, entre:
- Um computador pessoal, utilizado muitas vezes por toda a família, com o antivírus desatualizado;
- Crianças que precisam da nossa atenção a todo o momento e que acabam por nos distrair;
- Falta de contacto com os nossos colegas para confirmar pedidos, compras e pagamentos;
- Aplicações que nunca usaram na vida, tal como o Zoom, para poderem continuar a trabalhar.
Alguns de nós adaptámo-nos mais rapidamente e outros de uma forma mais lenta. Mas todos enfrentamos novos desafios em matéria de segurança das nossas bases de dados, sites e informação dos nossos clientes. Muitos passámos a ter de repente plataformas online que não foram testadas o suficiente.
"O cibercrime não deixa, de momento, de ser uma pandemia informática para a qual não há vacina. Mas que pode ser mitigado com a proteção adequada.”
Não é assim surpreendente que com a pandemia o crime cibernético tenha disparado. Tal como a nossa empresa identifica nichos de mercado e oportunidades de negócio, muitos destes hackers, sejam grupos organizados ou lobos solitários, vivem para estes momentos. Para o erro.
Não por acaso temos sido bombardeados com avisos, durante as últimas semanas, sobre a necessidade de adotar medidas preventivas e de alterar os nossos hábitos à frente de um computador, por forma a evitar perder, por vezes de forma definitiva, o nosso trabalho.
Sentimo-nos por vezes impotentes neste admirável mundo novo, mas:
- Ajudou termos tido formação sobre o RGPD.
- Ajuda ter um antivírus atualizado.
- Ajuda ter um seguro de cyber.
Principalmente, ajuda estarmos em contato permanente com os nossos colegas. E perguntar. Perguntar muito.
O cibercrime não deixa, de momento, de ser uma pandemia informática para a qual não há vacina. Mas que pode ser mitigado com a proteção adequada.
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