Vieira da Silva: É preciso “reforçar a quantidade e qualidade” dos recursos humanos da Administração Pública

"Portugal tem de reforçar a quantidade e a qualidade dos recursos humanos da Administração Pública", defendeu Vieira da Silva, ex-ministro do Trabalho e da Segurança Social.

O país tem de reforçar “a quantidade e a qualidade” dos recursos humanos da Administração Pública ou arrisca-se a enfrentar novos desafios trazidos pelo envelhecimento desses trabalhadores, defendeu esta quarta-feira José António Vieira da Silva. O antigo ministro do Trabalho esteve a participar numa conferência promovida pelo Conselho Económico e Social (CES) sobre o emprego e a proteção social, em tempos de pandemia.

“Portugal tem de reforçar a quantidade e a qualidade dos recursos humanos da Administração Pública. Se não o fizer, arrisca-se a enfrentar outras dificuldades com uma Administração Pública ainda mais envelhecida“, disse o ex-governante, que lembrou que há setores do Estado que têm uma média etária entre os seus trabalhadores superior a 50 anos.

Vieira da Silva frisou que esse investimento não passa somente por novas contratações, mas também pela simplificação e agilização desses processos de modo a que contratar, por exemplo, 100 pessoas não demore quatro anos. “Esta revolução tem de ser feita, porque com isso não vamos gastar dinheiro, vamos melhorar o desempenho”, acrescentou, considerando que esta é uma “parte fundamental” de uma política contra cíclica.

O ex-ministro do Trabalho deixou também uma nota sobre a tendência de relocalização das cadeias produtivas que poderá resultar desta crise pandémica e defendeu que Portugal e as empresas portuguesas não estão “condenados a ser os parentes deserdados” dessa situação. Isto porque há empresas portuguesas que estão inseridas em clusters, como o automóvel, e que, por isso, poderão “beneficiar da relocalização”.

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