O local de trabalho mais extremo do mundo: como gerir pessoas na Antártida
Aos 34 anos, Rachael Robertson foi a mais jovem australiana a liderar uma expedição à Antártida. Resiliência, empatia e integridade foram essenciais para conseguir gerir 17 pessoas durante um ano.
Com apenas 34 anos, a australiana Rachael Robertson foi a mais jovem australiana responsável por liderar uma expedição às Antártida, na Estação Davis, em 2005.
Para liderar uma expedição na Antártida, em condições extremas, num ambiente inóspito e temperaturas de -35 graus celsius, os requisitos eram apenas três: resiliência, empatia e integridade. À CNBC (acesso livre, conteúdo em inglês), Rachael explica a razão para ter sido escolhida entre os 13 candidatos à mesma função e a importância de cada uma destas competências ao longo do processo de recrutamento e da expedição de 11 meses no Polo Sul.
Resiliência, empatia e integridade
“Gostamos da sua filosofia de liderança, que defende que é sobre criar mais líderes, não sobre criar mais seguidores“, recorda Rachael Robertson, citada pela CNBC, sobre o recrutamento. Para liderar a expedição naquele que considera ser “o local de trabalho mais extremo do mundo”, não eram necessários requisitos técnicos. “Perante a pressão, voltas ao que és verdadeiramente, não podes ser algo que não és“, revela Rachael.
Ser resiliente, resistir à pressão e manter a tolerância durante um longo período de tempo num ambiente isolado, foi fundamental para gerir a expedição, conta. A empatia pelos seus pares, o respeito pelas suas convicções e valores, foram também preponderantes para liderar com sucesso uma equipa de 17 pessoas num local isolado. Por fim, mas não menos importante, a integridade e confiança foram decisivos para ganhar a confiança da equipa e gerir o bem-estar dos investigadores da expedição.
Mais de uma década depois, com 51 anos, Rachael dedica-se ao coaching e dá palestras sobre ferramentas de liderança, a par com o testemunho de vida da experiência na Antártida. Para a investigadora, a liderança eficaz do futuro deve basear-se na aproximação dos indivíduos, na formação, no aconselhamento e na motivação.
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