Avaliação das casas em novo máximo. Está nos 1.127 euros por metro quadrado
O valor mediano a que os bancos estão a avaliar os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação subiu 12 euros em julho, com o metro quadrado a atingir os 1.127 euros.
O valor a que os bancos avaliam os imóveis para efeitos de concessão de crédito à habitação continua imparável mesmo em tempos de pandemia, tendo atingido um novo máximo em julho nos 1.127 euros por metro quadrado. Trata-se de uma subida de 12 euros face ao registado em junho. Em julho, porém, o número de avaliações bancárias caiu 15,9%, tendo ascendido a cerca de 20 mil.
“O valor mediano de avaliação bancária foi 1.127 euros em julho, mais 12 euros que o observado no mês precedente. Este valor representou uma desaceleração em termos homólogos, tendo a taxa de variação abrandado de 8,3% em junho para 8,0% em julho”, indica o Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quinta-feira.
Com o registo de julho a atingir o valor mais elevado do histórico do INE, que se inicia em janeiro de 2011, os dados parecem confirmar a resiliência do mercado imobiliário de habitação em Portugal, apesar do efeito da pandemia de Covid-19 na economia que tem sido mitigado por medidas excecionais de apoio às empresas e famílias, como os esquemas de lay-off e de moratórias no crédito.
Embora as avaliações bancárias permaneçam no sentido ascendente, a pandemia trouxe uma redução drástica do número da avaliações bancárias às habitações no âmbito da concessão de crédito. “Note-se que no período em análise, o número de avaliações subjacente aos resultados apresentados diminuiu 15,9% face ao período homólogo, em resultado das variações homólogas de -33,7%, -8,8% e 0,6% nos meses de maio, junho e julho, respetivamente”, aponta o gabinete de estatísticas.
O INE adianta que foram realizadas cerca de 20 mil avaliações no mês de julho, um valor bastante abaixo do mesmo mês de 2019, mas que mostra já alguma recuperação face a junho (16 mil) e maio (19 mil).
Avaliação bancária das casas continua em máximos
Fonte: INE
Por regiões, o maior aumento face ao mês anterior registou-se no Norte (+1,4% para 996 euros), enquanto a maior redução foi observada no Alentejo (-3,5% para 829 euros), que continua a apresentar o valor mais baixo do país.
No Algarve e na Área Metropolitana de Lisboa, as duas regiões com as avaliações mais elevadas do país, registaram comportamentos diferentes em julho: no primeiro caso, houve uma descida nos valores na ordem dos seis euros, com o valor mediano do metro quadrado avaliado em 1.532 euros; no segundo caso, houve uma valorização de 11 euros para 1.488 euros.
No Centro e nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira também se verificaram decréscimos acentuados.
(Notícia atualizada às 11h43)
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