PCP apresenta candidato à Presidência da República no sábado

"Não há duas sem três", diz Jerónimo de Sousa, quanto à possibilidade de se recandidatar à Presidência da República. Candidato apoiado pelo PCP deverá ser conhecido no dia 12.

Os comunistas deverão revelar no dia 12, sábado, que candidato à Presidência da República apoiarão nas próximas eleições. Questionado pelos jornalistas esta terça-feira, quanto à possibilidade de voltar a recandidatar-se ao cargo de chefe de Estado, Jerónimo de Sousa sublinhou que “não há duas sem três“.

“Eu candidato? É costume dizer-se que não há duas sem três. Já diz duas, participei nessas batalhas. Não posso dar nenhuma informação apressada, mas com certeza teremos outro candidato, outra candidata que vai ser anunciado talvez dia 12, mas coisa, menos coisa“, disse o líder comunista.

Na corrida à Presidência da República, já estão a eurodeputada bloquista Marisa Matias, a socialista Ana Gomes e o deputado André Ventura. Marcelo Rebelo de Sousa ainda não confirmou se se irá recandidatar.

De acordo com as sondagens conhecidas em agosto, o atual Presidente da República recolhe 70,8% das intenções de voto, enquanto Ana Gomes conta com 9,7%. André Ventura aparecia, nessa ocasião, com 10,2% das intenções de voto, e Marisa Matias com 4,2%. Jerónimo de Sousa recolhia apenas 2,5%.

Questionado esta terça-feira sobre o Orçamento do Estado, Jerónimo de Sousa disse haver uma “relação institucional” com o Governo e remeteu o diálogo do partido com o Governo sobre o OE 2021 para o Parlamento. “Haveremos de encontrar formas de relacionamento normal e natural que tem sempre existido na Assembleia da República”, afirmou.

Até ao momento, Jerónimo disse não ter agendado qualquer encontro com António Costa, apesar de faltar um mês para a entrega do Orçamento no Parlamento. Habitualmente, grande parte dos contactos dos comunistas com o executivo sobre o Orçamento é feito a nível da Assembleia da República, havendo encontros entre Jerónimo e Costa ou no início ou no fim do processo de consultas.

O primeiro-ministro já avisou que possivelmente haverá uma crise política, caso não exista acordo com a esquerda parlamentar. O dirigente comunista respondeu que “procurar uma posição de ameaça não ajuda em nada” e “não contribui para solução nenhuma.

Na sexta-feira, na festa do Avante, o secretário-geral comunista considerou que um acordo escrito com o Governo minoritário socialista é “claramente dispensável”, ressalvando que o PCP aguarda pelo próximo Orçamento do Estado e está disponível para “dar a sua contribuição”. E no discurso de encerramento, no domingo, disse que “não vale a pena sentenciar que o PCP não conta”, sublinhando que o partido “conta muito e decisivamente” para defender os interesses dos portugueses.

Já sobre eventuais exigências de, no Orçamento, não estarem previstas mais verbas para o Novo Banco, o líder comunista insistiu na passagem do banco para controlo do Estado – uma posição que o partido tem vindo a defender há anos.

(Notícia atualizada às 13h35 com mais declarações)

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